Esta atividade de Língua Portuguesa tem como base o DC/GO – Ampliado e está destinada a estudantes do 6º ano do Ensino Fundamental.

O que é levantar hipóteses?
Imagine a seguinte situação: você chega na escola e percebe que sua amiga de sempre está sentada no fundo da sala, quieta, sem conversar com ninguém. Ela não trouxe o lanche, está olhando fixamente para o caderno e parece estar evitando contato visual. O que você acha que pode ter acontecido? Pode ser que ela esteja triste por algum problema em casa, talvez esteja preocupada com uma prova, ou até mesmo não esteja se sentindo bem fisicamente.
Observe que você não tem certeza de nada ainda. Só está elaborando possibilidades a partir do que você viu, que depois podem ser confirmadas com uma conversa, uma observação maior ou com o próprio relato da amiga. Isso é levantar hipóteses.
Levantar hipóteses é um jeito de pensar que usamos quando queremos explicar algo, mas ainda não temos todas as provas. É como quando um detetive imagina várias possibilidades sobre quem foi o responsável por um mistério: ele cria ideias (hipóteses) e depois procura pistas para ver qual ideia é mais provável.
Uma hipótese não é uma certeza, é uma suposição provisória, ou seja, uma ideia que pode ser verdadeira ou falsa, até que encontremos evidências que a confirmem ou a descartem. Por isso, quando levantamos hipóteses, também devemos planejar como testá-las: observar mais, perguntar, pesquisar ou ler para reunir provas.
Na leitura, levantar hipóteses é importante porque permite que a experiência leitora seja mais ativa, uma vez que você, leitor, não fica passivo diante do texto: você questiona, pensa, dialoga com e através dele. Também, direciona a busca por evidências textuais, prevê conteúdos e, quando a previsão falha, permite a revisão e o entendimento. É uma ferramenta metacognitiva central para compreender melhor e mais rápido.
Procedimentos de leitura associados a levantar hipóteses
Sempre que você ler algo, siga esses procedimentos:
Antes de ler o texto na íntegra, faça previsões. Olhe título, imagens, subtítulos e pense: “Do que será que esse texto trata?”
Durante a leitura, levante hipóteses a partir de partes do texto; faça inferências sobre os sentidos que ficam implícitos; anote dúvidas e pistas. Por exemplo: se um personagem tranca a porta e sussurra, você pode levantar a hipótese de que ele tem medo ou quer manter segredo a respeito do que fala.
Depois da leitura, revise suas hipóteses: quais foram comprovadas pelas informações do texto? Quais foram descartadas? Faça uma conclusão e, se for apropriado, faça previsões sobre o que pode acontecer depois, em uma possível sequência da história.
Assista à videoaula do professor Marlon Santos com essa temática.
Responda às questões a seguir.
Leia o seguinte texto para responder às questões 1 e 2.
Na madrugada de ontem, um trecho da avenida central ficou sem energia elétrica por cerca de três horas. Moradores relataram cheiro forte de queimado e viram uma árvore parcialmente caída sobre os fios. Equipes do serviço elétrico foram acionadas e informaram que o tráfego ficou interrompido até a remoção do galho principal. Não houve feridos, mas várias residências ficaram sem luz.
QUESTÃO 1
Das alternativas abaixo, a hipótese mais plausível sobre a causa da falta de energia é
(A) a falha técnica na subestação da cidade, sem relação com a árvore.
(B) a queda de um transformador por sobrecarga elétrica causada por aparelhos domésticos.
(C) a árvore ter caído sobre os fios, causando curto-circuito e interrupção no fornecimento.
(D) um furto de cabos elétricos deixou a avenida sem energia.
QUESTÃO 2
Quais pistas textuais comprovam a veracidade da hipótese correta apontada na questão anterior?
QUESTÃO 3
Leia o seguinte texto:
Maria se preparava para a prova de ciências. Durante a aula, percebeu que sua colega Joana estava inquieta: olhava para o relógio a cada minuto, mexia nos livros sem abrir nenhum e suspirava profundamente. Quando o professor anunciou que a prova começaria em cinco minutos, Joana colocou a mão na cabeça e parecia nervosa.
A hipótese mais provável, a partir da observação da atitude de Joana, é que ela
(A) estava com dor de cabeça porque tinha estudado demais.
(B) estava ansiosa ou nervosa por causa da prova.
(C) estava com fome porque não havia lanchado no recreio.
(D) não queria fazer a prova porque não gosta da disciplina. Leia o seguinte texto:
QUESTÃO 4
— Não liguei porque pensei que você estivesse ocupado — disse João.
— Eu não estava — respondeu Maria. — Estava esperando sua ajuda com o trabalho de ciências.
No grupo da sala, João enviou só um emoticon de desculpa.
A partir do diálogo, levante duas hipóteses sobre por que João não ajudou Maria. Indique qual hipótese você acha mais provável e por que.
Autoria: | Marlon Santos |
Formação: | Letras – Português |
Componente curricular: | Língua Portuguesa |
Conteúdo(s)/Objeto(s) de conhecimento | Elaboração de hipóteses |
Habilidade estruturante: | (EF67LP20-A) Investigar um tema proposto, elaborando questões e hipóteses que orientarão na busca e seleção de informações que podem solucionar um problema proposto etc. |
Descritores: | D4 – Inferir uma informação implícita em um texto. |
Referências: | Documento Curricular para Goiás (DC-GO). Goiânia/GO: CONSED/ UNDIME Goiás, 2018. Disponível em: <https://cee.go.gov.br> Acesso em: 03, fev. 2025 CEREJA, Willian Roberto; CLETO, Ciley. Interpretação de textos: desenvolvendo a competência leitora 6º ano. São Paulo: Atual, 2013. |