Esta proposta de atividade de Arte/Artes Visuais é destinada aos estudantes do 5º ano do Ensino Fundamental.

Arte e Meio Ambiente
Vamos observar juntos uma obra do artista Andy Goldsworthy.
Imagine um espiral no chão, formado apenas por folhas cuidadosamente organizadas.

Disponível em https://l1nq.com/vguND Acesso em 03, set. 2025.
- O que mais chama a atenção na imagem?
- Quais materiais foram usados?
- Será que o artista pintou essas folhas ou usou as cores naturais?
- Como essa obra, feita ao ar livre, reage ao sol, à chuva e ao vento?
- Quanto tempo vocês acham que ela dura?
Essas perguntas nos ajudam a perceber que a obra não é fixa como um quadro em uma parede, mas muda de acordo com a própria natureza.
Quem é Andy Goldsworthy?
Goldsworthy é um artista britânico que trabalha diretamente com elementos da natureza: pedras, galhos, folhas, flores, gelo, água. Ele não acrescenta tinta nem outros produtos, apenas reorganiza os materiais como se estivesse “desenhando” com o que a natureza oferece.

Disponível em https://www.flickr.com/photos/tamaki/1608998 Acesso em 03, set. 2025.
Suas obras quase sempre desaparecem com o tempo. E é justamente essa transformação natural que faz parte da sua arte.
Arte ambiental e arte efêmera
Chamamos de arte ambiental as criações que dialogam com a natureza ou buscam refletir sobre os impactos da ação humana no planeta.

Disponível em https://pixnio.com/es/diverso/naturaleza-al-aire-libre-tierra-hierba-lena-madera-arbol Acesso em 03, set. 2025.
Já a arte efêmera é aquela que dura pouco, porque está sujeita ao tempo, às mudanças climáticas ou ao próprio desgaste dos materiais. É como um desenho feito na areia da praia: logo a onda vem e apaga, mas a experiência de ter criado permanece.

Disponível em https://www.pexels.com/es-es/foto/playa-arena-piedras-circulo-15877743/ Acesso em 03, set. 2025.
No Brasil, temos o artista Frans Krajcberg, que também utilizava elementos da natureza em suas obras. Ele recolhia troncos queimados em florestas atingidas por queimadas e os transformava em esculturas.

Disponível em https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Frans_Krajcberg_doa_acervo_e_s%C3%ADtio_ao_Estado_(3595246635).jpg Acesso em 03, set. 2025.
Um ponto importante do seu trabalho é que ele não destruía árvores nem arrancava plantas vivas para criar. Pelo contrário, sua arte era um grito contra a destruição da natureza.

Disponível em https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Espa_o_Cultural_Frans_Krajcberg_-_Curitiba_%2840927903%29.jpg Acesso em 03, set. 2025.
Ele acreditava que o artista tem responsabilidade de preservar e denunciar os danos ambientais.
A importância do registro
Mas se essas obras muitas vezes desaparecem, como podemos conhecê-las hoje?
Os artistas registram suas criações com fotografias, vídeos ou desenhos. Assim, a obra continua existindo na memória e pode inspirar outras pessoas no futuro. Esse registro é também uma forma de mostrar que a arte não precisa ser eterna para ser significativa.
Para pensar
Como seria criar algo que talvez dure apenas alguns dias, mas que ainda assim carregue sua ideia e sua expressão?
Que materiais naturais ou recicláveis poderiam usar sem prejudicar a natureza?
Assista ao vídeo sobre Arte Ambiental
RESPONDA ÀS QUESTÕES
QUESTÃO 1
Andy Goldsworthy realiza suas obras a partir de materiais encontrados na própria natureza, e isso faz com que
(A) suas criações permaneçam intactas por longos anos em museus e galerias.
(B) suas obras desapareçam com o tempo, acompanhando as transformações naturais.
(C) suas esculturas recebam pintura e produtos químicos para aumentar a durabilidade.
(D) suas produções sejam feitas apenas em espaços fechados, sem contato com o ambiente.
QUESTÃO 2
A arte efêmera é um tipo de criação artística que se caracteriza por
(A) durar pouco tempo, pois depende das condições climáticas e da ação da natureza.
(B) resistir ao sol, à chuva e ao vento, permanecendo igual por muitos anos.
(C) utilizar apenas materiais recicláveis para que possa ser preservada em museus.
(D) ser produzida exclusivamente com troncos e raízes retirados de árvores vivas.
QUESTÃO 3
Coletem folhas caídas, galhos secos, flores já soltas e pequenas pedras no espaço da escola. Organizem esses materiais no chão formando uma imagem, pode ser uma mandala ou outra figura criativa. Ao final, deem um nome para a obra e façam uma foto para registrar.
QUESTÃO 4
Reúnam materiais recicláveis trazidos de casa, como garrafas PET, papelão, tampinhas e caixas. Criem uma escultura que traga um alerta sobre algum problema ambiental. Depois, escrevam uma legenda curta para explicar a mensagem da obra e montem uma exposição com a turma.
Autoria | Veruska Bettiol |
Formação | Artes Visuais |
Componente Curricular | Arte/Artes Visuais |
Objetos de conhecimento/Conteúdos | Processos de Criação: Relação dos processos de criação e produção autônoma e autoral entre as diversas linguagens artísticas. |
Habilidade | (GO-EF05AR23) Reconhecer e experimentar, por meio de projetos temáticos, as possibilidades de relacionar os processos de criação com a produção autônoma e autoral entre as diversas linguagens artísticas, suas conexões e especificidades, respeitando os contextos locais, sociais e culturais. |
Referências | BARBOSA, Ana Mae. A imagem no ensino da arte. São Paulo: Perspectiva, 1991. CAUQUELIN, Anne. Arte contemporânea: uma introdução. São Paulo: Martins Fontes, 2005. GOLDSWORTHY, Andy. Time. New York: Harry N. Abrams, 2000. KRAJCBERG, Frans. Manifesto do Rio Negro. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2000. SANTOS, Maria Heloisa Corrêa de Toledo. Arte e natureza: arte contemporânea e a questão ambiental. São Paulo: Annablume, 2006. |