Esta proposta de atividade de GEOGRAFIA é destinada aos estudantes do 9º ano do Ensino Fundamental anos iniciais.
Fonte: Mapa de radiação solar: Irradiação horizontal global (GHI) – China continental. Disponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:SolarGIS-Solar-map-China-Mainlands-en.png>. Acesso em 16 de dez. de 2024.
A energia solar na China
A China, reconhecida como a nação mais populosa do mundo e com uma economia em constante crescimento, enfrenta desafios significativos no fornecimento de energia para sustentar sua produção industrial e a vida de mais de 1,4 bilhão de habitantes.
Mapa de radiação solar na China
Fonte: Mapa de radiação solar: Irradiação horizontal global (GHI) – China continental. Disponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:SolarGIS-Solar-map-China-Mainlands-en.png>. Acesso em 16 de dez. de 2024.
Durante décadas, o país foi amplamente dependente de combustíveis fósseis, particularmente do carvão, resultando em graves impactos ambientais, como poluição do ar e emissões de gases de efeito estufa. No entanto, nas últimas duas décadas, a China tem liderado esforços globais para a transição energética, tornando-se pioneira no desenvolvimento e uso de energia solar.
O crescimento da energia solar na China
A China é o maior produtor e consumidor de energia solar no mundo. Isso se deve a investimentos massivos em infraestrutura e tecnologia para a produção de painéis solares. Empresas chinesas dominam o mercado global de fabricação de células fotovoltaicas, oferecendo produtos mais baratos e acessíveis, impulsionando a adoção dessa fonte de energia em diversos países. Internamente, o governo implementou políticas públicas favoráveis, como subsídios e metas de expansão da capacidade instalada, o que resultou na criação de vastas usinas solares, como a de Tengger Desert Solar Park, uma das maiores do mundo.
Parque Solar do Deserto de Tengger
Fonte: Parque Solar do Deserto de Tengger. Disponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Tengger_Desert_Solar_Park.jpg>. Acesso em 16 de dez. de 2024.
Esse avanço reflete a estratégia do país em diversificar sua matriz energética, que, apesar de ainda ser dominada por carvão, busca reduzir significativamente as emissões de carbono até 2060, alinhando-se ao compromisso global de combate às mudanças climáticas. A energia solar, como uma fonte limpa e renovável, desempenha um papel crucial nesse objetivo.
Impacto global do uso da energia solar na China
A liderança da China na energia solar tem implicações globais significativas. Ao oferecer painéis solares de baixo custo, o país contribui para que outras nações, especialmente em desenvolvimento, adotem energias renováveis em suas matrizes energéticas. Isso acelera o combate às mudanças climáticas em escala mundial.
Mercado de energia solar na China
Fonte: Tamanho do mercado de energia solar da China e análise de participação – Tendências e previsões de crescimento (2024 – 2029). Disponível em: <https://www.mordorintelligence.com/pt/industry-reports/china-solar-energy-market>. Acesso em 16 de dez. de 2024.
No entanto, para manter essa posição de destaque, a China precisa continuar inovando tecnologicamente, desenvolvendo sistemas mais eficientes e ambientalmente sustentáveis. A expansão da infraestrutura de transmissão e o fortalecimento de políticas ambientais também são cruciais para a energia solar atingir seu pleno potencial como uma solução energética para o futuro.
Os benefícios da energia solar na China
A expansão da energia solar traz benefícios significativos para a China, tanto internamente quanto globalmente. Primeiramente, reduz a dependência de combustíveis fósseis, melhorando a qualidade do ar nas áreas urbanas, onde a poluição é um problema crônico. Além disso, o desenvolvimento dessa tecnologia gera empregos qualificados, especialmente em regiões rurais onde a construção de parques solares é incentivada.
O uso de aquecedores solares de água na China
Fonte: Cidade de Nível de Prefeitura de Huangshi, Hubei. Disponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Tieshan-solar-water-heaters-0101.jpg>. Acesso em 16 de dez. de 2024.
A energia solar também permite que comunidades remotas, sem acesso à rede elétrica convencional, obtenham eletricidade por meio de soluções descentralizadas, como painéis solares individuais. Essa inclusão energética é essencial para reduzir desigualdades regionais no país. No cenário internacional, a liderança chinesa no mercado solar fortalece sua posição geopolítica, permitindo que o país exporte tecnologia e influencie a transição energética global.
Um marco na transição energética global
A energia solar na China exemplifica como um país pode combinar desenvolvimento econômico com sustentabilidade ambiental. Apesar dos desafios, a liderança chinesa nesse setor demonstra que a transição para energias renováveis é viável, mesmo em economias altamente industrializadas. O compromisso do país com a expansão da energia solar não apenas contribui para a redução de emissões de carbono, mas também posiciona a China como uma peça central no enfrentamento das mudanças climáticas globais. Ao continuar investindo em inovação e infraestrutura, a China tem o potencial de consolidar ainda mais seu papel como líder na transformação energética do século XXI.
RESPONDA ÀS QUESTÕES
QUESTÃO 01
Os investimentos massivos da China em energia solar demonstram seu compromisso com a diversificação energética. Quais seriam as implicações globais se outros países adotassem estratégias semelhantes, considerando os impactos econômicos, ambientais e sociais?
QUESTÃO 02
A China lidera a produção global de energia solar, mas enfrenta desafios significativos para integrar essa energia à sua matriz elétrica. Pesquise e explique, quais fatores devem ser considerados para o país otimizar sua infraestrutura de transmissão e evite o desperdício de energia solar em áreas remotas?
QUESTÃO 03
A China é o maior produtor e consumidor de energia solar no mundo. E um dos principais motivos que fizeram da China a maior produtora de energia solar do mundo, foi
(A) o uso exclusivo de energia solar em todo o país, mas com foco nas grandes cidades da China.
(B) a abundância de desertos no território chinês, onde o sol brilha durante todo o ano.
(C) o investimento massivo em infraestrutura e o domínio do mercado global de células fotovoltaicas.
(D) a eliminação completa em todo território chinês do uso de carvão para a geração de energia no país.
QUESTÃO 04
A expansão da energia solar traz benefícios significativos para a China, tanto internamente quanto globalmente. Primeiramente, reduz a dependência de combustíveis fósseis, melhorando a qualidade do ar nas áreas urbanas, onde a poluição é um problema crônico. A energia solar também ajuda a reduzir desigualdades regionais na China, por meio de
(A) permitir que as comunidades rurais se tornem autossuficientes com sistemas descentralizados.
(B) fornecimento de eletricidade gratuita para as grandes cidades e comunidades rurais.
(C) diminuição da necessidade de importar tecnologia estrangeira para o setor energético.
(D) substituir todas as fontes de energia em regiões urbanas e regiões rurais por energia solar.
| Autoria: | Prof. Me.: Gabriel Ramos Paiva |
| Formação: | Licenciatura em Geografia; Bacharelado em Geografia; Licenciatura em Pedagogia; Mestre em Geografia pelo IESA-UFG. |
| Componente Curricular: | Geografia |
| DCGO – AMPLIADO (1º corte) Habilidades: | (EF09GE18-B) Relacionar e analisar as consequências dos usos de recursos naturais e das diferentes fontes de energia com a degradação do meio ambiente, dando enfoque à sustentabilidade. |
| Matriz de habilidades essenciais: | Relacionar e analisar as consequências dos usos de recursos naturais e das diferentes fontes de energia com a degradação do meio ambiente na Europa, Ásia e Oceania, dando enfoque à projetos de sustentabilidade. |
| Referências: | GRINSZTEJN, Cândido; RODRIGUEZ, Maria Elena; ESTILL, Gabriel. O DILEMA DA CHINA: ENTRE A LIDERANÇA NA TRANSIÇÃO ENERGÉTICA E A DEPENDÊNCIA DO CARVÃO. BRICS Policy Center, PUC, Rio de Janeiro, 2021. Disponível em: <https://bricspolicycenter.org/wp-content/uploads/2022/05/BPC-PB-v11n9-Dilema-Energia-China.pdf>. Acesso em 16 de dez. de 2024. |