Esta proposta de atividade de ARTE/ARTES VISUAIS é destinada aos estudantes do 7º ano do Ensino Fundamental.
Arte Figurativa: Um Olhar Investigativo
Disponível em https://www.flickr.com/photos/pedrosimoes7/37024193633 Acesso em 02, out. 2024.
O que essa imagem representa?
Que mensagens são transmitidas?
Como as formas e cores dialogam com o espectador?
Quais sensações ou reflexões despertam?
Que histórias essa pintura poderia nos contar?
Ao contemplar a obra Delicioso Jardim (1970) de António Palolo, somos levados a um universo que mistura o natural e o imaginário. A figura central emerge em um jardim simbólico, onde formas lúdicas e a natureza se fundem. As cores e formas vibrantes evocam o conceito de “delicioso”, proporcionando prazer e abundância.
O diálogo entre a figura e o ambiente desperta o questionamento: Essa figura está em harmonia ou em conflito com a natureza?
As interpretações são pessoais e ao mesmo tempo ativam nosso olhar crítico sobre as múltiplas camadas de significação e mensagens que a imagem transmite.
Leitura e Interpretação de Imagens
O processo de leitura e interpretação de imagens envolve tanto a observação dos elementos visuais quanto a ativação de nossas referências culturais, sociais e pessoais. Na arte figurativa, onde a imagem representada tende a ser algo identificável (uma figura humana, um objeto do cotidiano, uma paisagem), o espectador muitas vezes se sente atraído para um primeiro nível de leitura mais imediato, ou seja, identifica apenas o que está sendo retratado. Contudo, a leitura crítica vai além dessa primeira camada. Ela envolve a desconstrução do que parece óbvio, para investigar como e por que a imagem foi composta daquela maneira.
No caso de Delicious Garden, o título nos direciona a um jardim, mas não a qualquer jardim.
Que associações você faz entre este jardim e seus próprios conceitos de paraíso ou natureza?
Ao expandir essa investigação, podemos olhar para outras obras de arte figurativa e questionar como elas nos fazem repensar nossas percepções do mundo ao redor. Por exemplo, em O Nascimento de Vênus (c. 1486), de Sandro Botticelli, a figura de Vênus emerge das águas como símbolo de beleza idealizada.
Disponível em https://www.needpix.com/photo/51183/ Acesso em 02, out. 2024.
Como a imagem de Vênus influencia nossa percepção da beleza feminina hoje?
Como essa obra contribui para os padrões estéticos que consumimos diariamente na mídia?
Da mesma forma, em American Gothic (1930), de Grant Wood, o retrato de um casal rural americano nos leva a refletir sobre o estilo de vida, os valores e a identidade cultural.
Disponível em https://www.flickr.com/photos/vintage_illustration/51926606927 Acesso em 02, out. 2024.
O que essa pintura nos revela sobre as tensões entre tradição e modernidade, entre o rural e o urbano?
E como essa imagem pode ecoar nossas próprias reflexões sobre o que é ser “tradicional” atualmente?
A Influência das Imagens em Nossa Sociedade
A cada dia, somos inundados por imagens que moldam nossas percepções e atitudes. Publicidade, redes sociais, filmes, fotografias, todas essas formas de representação visual influenciam nossas escolhas, gostos e comportamentos.
Fonte: Canva.com
De que forma essa imagem me afeta?
Que valores ou ideologias ela reforça?
Muitas vezes, consumimos essas imagens de maneira passiva, sem nos questionarmos sobre suas intenções ou implicações. No entanto, um olhar crítico é essencial para decifrar essas mensagens sutis e entender como as imagens estão imersas em um jogo de poder, controle e sedução.
O Olhar Crítico e o Consumo de Imagens
Desenvolver um olhar crítico para o consumo de imagens é crucial em nossa sociedade visual. A arte figurativa, ao representar e distorcer a realidade, nos convida a refletir sobre temas como corpo, natureza, beleza e identidade. Esse processo de interpretação nos torna espectadores mais conscientes, revelando como as imagens moldam nossas identidades.
Disponível em https://www.pexels.com/pt-br/foto/mulher-maquiar-se-3093938/ Acesso em 02, out. 2024.
Ao questionar o papel das imagens no cotidiano, entendemos seu poder de nos manipular ou libertar, transformando nosso modo de ver e experienciar o mundo.
Desafio
Escolha uma obra de arte figurativa que te chame a atenção e faça uma análise pessoal. Quais são os elementos visuais que mais te impressionam? Que história essa obra conta para você?
QUESTÃO 1
A obra “Delicioso Jardim” de António Palolo, tem como figura central um jardim simbólico, onde as cores, as formas lúdicas e a natureza se fundem, sugerindo
(A) a fusão entre o real e o imaginário.
(B) um cenário comum de uma praça.
(C) as cores rígidas e formas da natureza.
(D) uma crítica política ao meio ambiente.
QUESTÃO 2
O processo de leitura e interpretação de imagens envolve tanto a observação dos elementos visuais quanto a ativação de nossas referências culturais, sociais e pessoais. Na arte figurativa, onde a imagem representada tende a ser algo identificável, o espectador muitas vezes se sente atraído para um primeiro nível de leitura mais imediato, ou seja, identifica apenas o que está sendo retratado.
(A) desconstrói completamente a imagem.
(B) ativa e valoriza as emoções do artista.
(C) identifica o que está sendo retratado.
(D) analisa criticamente o uso das cores.
QUESTÃO 3
O que o processo de leitura crítica de uma imagem busca investigar?
QUESTÃO 4
Por que é essencial desenvolver um olhar crítico para o consumo de imagens em nossa sociedade visual?
Autoria | Veruska Bettiol |
Formação | Artes Visuais |
Componente Curricular | Arte/Artes Visuais |
Habilidade | (GO-EF07AR06-A) Desenvolver processos de criação em artes visuais com base em temas cotidianos ou de interesses artísticos, de modo individual, autoral, coletivo e colaborativo, fazendo uso de materiais, suportes, ferramentas, instrumentos, recursos convencionais, alternativos e digitais. |
Referências | KELLNER, D. Lendo imagens criticamente: em direção a uma pedagogia pós-moderna. In: SILVA, T. T. (org.) Alienígenas na sala de aula: uma introdução aos estudos culturais em educação. Petrópolis: Vozes, 1995. MANGUEL, A. Lendo imagens. São Paulo: Companhia das Letras, 2001. ROSSI, M. H. Imagens que falam. Porto Alegre: Mediação, 2003. |