Esta proposta de atividade de Arte/Dança é destinada aos estudantes do 5º Período da Educação de Jovens e Adultos – EJA.
Imagem 1: Disponível em: https://flic.kr/p/4qzKto Xavier Donat. Acesso em: 23, set. 2024.
MULHERES EM DANÇAS: RESISTÊNCIA CULTURAL
Nas coreografias, sejam as tradicionais ou as folclóricas, as mulheres em geral são retratadas como figuras de pureza, passividade ou sensualidade, sem espaço para expressar plenamente sua individualidade ou questionar as normas culturais. Entretanto, ao longo do tempo, muitas mulheres têm resistido a essas imposições culturais por meio da dança, utilizando-a como uma forma de subversão e transformação social.
O PAPEL TRADICIONAL DA MULHER NAS DANÇAS FOLCLÓRICAS
Em muitas tradições de dança, os papéis femininos são claramente delineados de acordo com as expectativas sociais e de gênero. Em geral, as mulheres são vistas como símbolos de graça, sensualidade ou fertilidade, e sua performance é muitas vezes moldada por essas associações. Elas são coreografadas para seguir movimentos suaves e femininos, enquanto os homens frequentemente assumem papéis mais vigorosos ou dominantes.
A MULHER NAS DANÇAS FOLCLÓRICAS
Imagem 2: Disponível em: https://flic.kr/p/4rAmZR Xavier Donat. Acesso em: 23, set. 2024.
A SUBVERSÃO E A RESISTÊNCIA CULTURAL
Apesar dessas limitações, as mulheres têm usado a dança tradicional para desafiar estereótipos de gênero e resistir às normas sociais. Em várias culturas, elas adaptaram e transformaram essas danças, reinterpretando os papéis femininos e trazendo novas vozes para o cenário cultural. A dança torna-se, assim, uma plataforma de resistência cultural, onde as mulheres não só preservam suas tradições, mas também questionam as regras que as colocam em posição de inferioridade.
REINVENÇÃO DE DANÇAS TRADICIONAIS
Em diversas regiões, artistas e coreógrafas têm buscado reinterpretar as danças folclóricas para incluir narrativas femininas mais complexas e diversificadas. Essas reinvenções frequentemente subvertem as expectativas culturais, e o que era considerado uma dança “folclórica” limitada por papéis de gênero passa a ser um meio de empoderamento e autodefinição. Ao transformar essas tradições, as mulheres não estão apenas se apropriando de suas histórias, mas também garantindo que elas evoluam com as mudanças sociais, reafirmando seu papel ativo nas culturas que ajudam a moldar.
A MULHER NAS DANÇAS FOLCLÓRICAS
Imagem 3: Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:African_Cultural_Dance2.jpg Xavier Donat. Acesso em: 23, set. 2024.
DANÇA COMO FERRAMENTA DE MUDANÇA SOCIAL
O impacto dessas transformações vai além da arte e atinge questões mais amplas de direitos e igualdade. Ao dançarem de formas que desafiam as expectativas de gênero e cultura, essas mulheres também trazem visibilidade para questões de justiça social e igualdade de direitos. Em muitos casos, essa resistência cultural através da dança é acompanhada por movimentos sociais maiores, como o feminismo, que busca a equidade de gênero em todas as esferas da sociedade.
MULHER – RESISTÊNCIA
Imagem 4: Disponível em: https://flic.kr/p/2gWzKpn Festival Latinidades. Acesso em: 23, set. 2024.
A PRESERVAÇÃO CULTURAL COM CONSCIÊNCIA CRÍTICA
As mulheres que atuam nas danças tradicionais e folclóricas continuam a desempenhar um papel crucial na preservação de sua cultura, ao mesmo tempo em que resistem e transformam normas que as limitam. A dança se torna, então, uma arena de negociação entre tradição e mudança, onde o corpo feminino pode ser tanto um símbolo de continuidade quanto de resistência.
QUESTÃO 1
Nas danças tradicionais e folclóricas, como as mulheres são frequentemente retratadas?
QUESTÃO 2
Nas danças tradicionais e folclóricas, como os homens são frequentemente retratados?
QUESTÃO 3
As danças “preservam” tradições que colocam as mulheres em posição de inferioridade. Questionar essas regras é transformar, para as mulheres, as danças em
(A) plataforma de resistência cultural.
(B) plataforma de fragilidade cultural.
(C) plataforma de vulnerabilidade cultural.
(D) plataforma de debilidade cultural.
QUESTÃO 4
Em muitos casos, a resistência cultural das mulheres através da dança é acompanhada por movimentos sociais maiores que buscam a equidade de gênero em todas as esferas da sociedade, como o
(A) machismo.
(B) nacionalismo.
(C) feminismo.
(D) pós-modernismo.
| Autoria: | Eurim Pablo |
| Formação: | Educação Física e Mestre em Performances Culturais |
| Componente Curricular: | Arte/Dança |
| Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento: | (EJAAD0518) Estimular o olhar crítico-reflexivo acerca de elementos sócio- histórico culturais presentes nas Artes que suscitam debates e reflexões acerca dos padrões de corpo, estereótipos, diversidade (cultural, religiosa, dentre outras), acessibilidade e direitos humanos |
| Referências: | BOURCIER, Paul. A história da dança no ocidente. 2. ed. São Paulo: Martins Pontes, 2001. BREGOLATO, Roseli Aparecida. Cultura Corporal da Dança. 3ª ed. São Paulo: Ícone, 2007. RODRIGUES, Edvânia Braz Teixeira; FARIA, Lana Costa(Org). O Ensino da dança: desafios e possibilidades contemporâneas. Goiânia: Secretaria da Educação do Estado de Goiás,2009. TADRA, Débora Sicupira Arzua et al.,(Org.). Linguagem da dança. Curitiba: Intersaberes, 2012. |