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Geografia – Os dados socioeconômicos do Brasil: Rendimento da população

Esta proposta de atividade de GEOGRAFIA é destinada aos estudantes do 7º ano do Ensino Fundamental anos iniciais.

Fonte: IBGE. Disponível em: <https://atlasescolar.ibge.gov.br/mapas-atlas/mapas-do-brasil/desigualdade-socioeconomica>. Acesso em 12 de mar. de 2024.

Os dados socioeconômicos do Brasil: Rendimento da população

Atualmente o Brasil é dividido em cinco grandes regiões: Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul. Cada uma dessas regiões possui características únicas que influenciam sua economia, cultura e sociedade. Uma das características das regiões são as diferenças da renda da população.

Imagem 01 – Mapa da divisão regional do Brasil

Fonte: IBGE. Disponível em: <https://atlasescolar.ibge.gov.br/mapas-atlas/mapas-do-brasil/federacao-e-territorio>. Acesso em 12 de mar. de 2024.

Ao longo das últimas décadas, o desenvolvimento da renda do brasileiro tem passado por várias transformações, refletindo mudanças econômicas, sociais e políticas. Nos anos 90, o Brasil enfrentou uma crise econômica marcada pela hiperinflação, que corroía o poder de compra da população e prejudicava a distribuição de renda. 

Com a implementação do Plano Real em 1994, houve uma estabilização monetária que proporcionou um ambiente mais propício para o crescimento econômico e o aumento da renda. Durante este período, houve uma expansão da classe média brasileira, com um aumento significativo no poder de compra de muitos brasileiros.

No entanto, apesar dos avanços alcançados nos anos 90 e início dos anos 2000, o Brasil ainda enfrenta desafios significativos em relação à desigualdade de renda. A distribuição de renda continua sendo uma questão complexa e persistente, com uma grande disparidade entre os mais ricos e os mais pobres. Além disso, a economia brasileira enfrentou períodos de recessão e instabilidade nos últimos anos, o que impactou negativamente a renda de muitas famílias.

É importante notar que o desenvolvimento da renda no Brasil é influenciado por uma série de fatores, incluindo políticas governamentais, condições macroeconômicas, investimentos em infraestrutura, educação e tecnologia, entre outros. Políticas de redistribuição de renda, como o Bolsa Família, desempenham um papel importante na redução da pobreza e na melhoria das condições de vida de milhões de brasileiros.

Imagem 02 – Mapa do rendimento médio dos domicílios no Brasil em 2015

Fonte: IBGE. Disponível em: <https://atlasescolar.ibge.gov.br/mapas-atlas/mapas-do-brasil/desigualdade-socioeconomica>. Acesso em 12 de mar. de 2024.

Observando a imagem 02, temos o mapa do rendimento médio dos domicílios no Brasil em 2015, e nele podemos perceber que a desigualdade de renda é regionalizada, onde as regiões norte e nordeste possuem uma renda média menor que as regiões sul e sudeste do país. 

Imagem 03 – Mapa dos domicílios com renda mensal a 10 salários mínimos no Brasil em 2015

Fonte: IBGE. Disponível em: <https://atlasescolar.ibge.gov.br/mapas-atlas/mapas-do-brasil/desigualdade-socioeconomica>. Acesso em 12 de mar. de 2024.

A imagem 03, se refere a quantidade de domicílios com rendimento mensal acima de 10 salários mínimos, e podemos perceber que mais de 23% dos domicílios nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul, apresentam um rendimento mensal elevado. Em contrapartida, a maioria dos estados do Brasil, só possuem uma média de 2% a 6% dos domicílios com uma renda mensal acima de 10 salários.

Imagem 04 – Gráfico do valor do rendimento médio mensal das pessoas de 15 anos ou mais de idade em 2015

Fonte: IBGE. Disponível em: <https://atlasescolar.ibge.gov.br/mapas-atlas/mapas-do-brasil/desigualdade-socioeconomica>. Acesso em 12 de mar. de 2024.

Na imagem 04 temos um gráfico bem interessante, ao trazer a tona uma situação bem complexa, a desigualdade de renda entre homens e mulheres. Tanto em ambientes urbanos, quanto em ambientes rurais, o homem acima de 15 anos, possui uma renda maior que a mulher, isso se deve a vários fatores sociais e históricos de desigualdade no acesso à formação qualificada, vagas de emprego e igualdade salarial. 

Sendo assim, o acesso à educação e oportunidades de emprego qualificado desempenha um papel fundamental no aumento da renda e na mobilidade social. Investimentos nessas áreas podem contribuir significativamente para o desenvolvimento econômico e social do país, possibilitando que mais pessoas tenham acesso a empregos dignos e melhor remunerados.

À medida que o Brasil continua a enfrentar desafios econômicos e sociais, é crucial serem implementadas políticas e iniciativas que promovam um crescimento econômico sustentável e inclusivo, que beneficie a todos os estratos da sociedade. Isso envolve não apenas aumentar a renda média, mas também garantir que essa renda seja distribuída de forma mais equitativa, proporcionando oportunidades iguais para todos os brasileiros prosperarem.

RESPONDA ÀS QUESTÕES

QUESTÃO 01

Faça uma pesquisa com os seus familiares sobre os dados históricos da renda da sua família. Pergunte para seus familiares sobre a renda da família dos seus avôs e qual era o trabalho deles, quando os seus responsáveis eram crianças. Pergunte para os seus responsáveis e tios, qual a renda deles e de que eles trabalham.

QUESTÃO 02

Depois da pesquisa pronta, faça um texto, explicando como foi o desenvolvimento da renda da sua família entre as duas gerações.

Observe o mapa do rendimento médio dos domicílios no Brasil em 2015; e o mapa de domicílios com rendimento domiciliar médio mensal maior que 10 salários mínimos, para responder às questões 03 e 04.

Fonte: IBGE. Disponível em: <https://atlasescolar.ibge.gov.br/mapas-atlas/mapas-do-brasil/desigualdade-socioeconomica>. Acesso em 12 de mar. de 2024.

QUESTÃO 03

É importante notar que o desenvolvimento da renda no Brasil é influenciado por uma série de fatores, incluindo políticas governamentais, condições macroeconômicas, investimentos em infraestrutura, educação e tecnologia, entre outros. Sendo assim, a partir da sua análise do mapa, a região do Brasil que apresenta os maiores índices de pessoas que ganham até um salário mínimo em 2015 foi a

(A) Região sul.

(B) Região nordeste.

(C) Região sudeste.

(D) Região centro-oeste.

QUESTÃO 04

Conforme o mapa de domicílios com rendimento médio mensal maior que 10 salários mínimos no Brasil em 2015, podemos perceber que a desigualdade de renda no Brasil vai do local ao regional. Tanto que, o único estado da região centro-oeste que se destacou ao possuir mais de 23% dos domicílios com renda acima de 10 salários mínimos foi 

(A) Minas Gerais.

(B) Goiás.

(C) Mato Grosso.

(D) Mato Grosso do Sul.


Autoria:Prof. Me.: Gabriel Ramos Paiva
Formação:Licenciatura em Geografia;
Bacharelado em Geografia;
Licenciatura em Pedagogia;
Mestre em Geografia pelo IESA-UFG.
Componente Curricular:Geografia
DCGO – AMPLIADO (1o corte) Habilidades:(EF07GE10-A) Elaborar e interpretar diferentes formas de representações cartográficas a partir de dados estatísticos, através de gráficos e tabelas com base em dados socioeconômicos das regiões brasileiras.
Matriz de habilidades essenciais:Interpretar diferentes formas de representações cartográficas das regiões brasileiras.
Referências:BNDES. O crescimento da economia brasileira 2018-2023. Perspectivas DEPEC 2018. Abril 2018. Disponível em: <https://web.bndes.gov.br/bib/jspui/bitstream/1408/14760/1/perspectivas%202018-2023_p.pdf>. Acesso em 11 de mar. de 2024.

GODOI, Marciano Seabra de. Concentração de renda e riqueza e mobilidade social – A persistente recusa da política tributária brasileira a reduzir a desigualdade. RIL Brasília a. 59 n. 235 p. 61-74 jul./set. 2022. Disponível em: <https://www12.senado.leg.br/ril/edicoes/59/235/ril_v59_n235_p61.pdf>. Acesso em 11 de mar. de 2024.

Ipea. Brasil em 4 décadas. Texto para Discussão 1500. Rio de Janeiro, 2010. Disponível em: <https://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/1663/1/TD_1500.pdf>. Acesso em 11 de mar. de 2024.