Esta atividade de Língua Portuguesa, que tem como base os descritores do Programa Minha Escola é Nota 10 (MEN10) – Goiânia e o DC/GO – Ampliado, está destinada a estudantes do 9º ano do Ensino Fundamental.
Conflitos, conflitos… como eles podem ser difíceis…
Mas, há alguns que são ótimos, nos prendem de tal forma que não queremos que eles se resolvam…
Calma, estou falando dos conflitos nos textos narrativos.
Você sabe que toda narrativa obedece a um esquema de constituição, de organização, que, exceto algumas alterações, compreende as seguintes partes:
Situação inicial – é a apresentação das circunstâncias da história, das personagens que estão inseridas em local e tempo determinados;
Desenvolvimento e complicação – momento em que surge algum conflito ou a quebra daquele equilíbrio inicial, com a intervenção opositora do(s) antagonista(s);
Clímax – é a parte em que a narrativa chega ao momento crítico, de maior tensão, em que se viabiliza o desfecho da narrativa; e
Desfecho ou desenlace – onde há, geralmente, a resolução do conflito.
Para que uma narrativa se desenvolva bem, seu enredo deve apresentar bons conflitos.
O conflito, portanto, é a ação na narrativa que muda a tranquilidade dos personagens, é a ação que faz surgir um problema ou questionamento em que os personagens procuram alguma resolução. Por isso é tão importante para o desenvolvimento de uma história a apresentação de bons conflitos e o seu desenvolvimento e conclusão.
Assista à videoaula do professor Marlon Santos com essa temática.
Responda às questões a seguir.
Leia o texto a seguir para responder às questões.
A Conexão Perdida
Era uma manhã como outra qualquer na pequena cidade de São Lucas das Águas, e os alunos do 9º ano se preparavam para a Feira de Ciências da escola. Alex, um aluno do 9º ano A, estava animadíssimo. Durante semanas, ele havia trabalhado em seu projeto chamado “ConectAR: A Tecnologia do Futuro”, que prometia revolucionar a forma como as pessoas se conectam e se comunicam.
Na noite anterior à feira, Alex fez os últimos ajustes em seu projeto, e o dispositivo estava pronto para ser configurado. Ele havia criado um óculos de realidade aumentada que permitiria às pessoas se conectarem virtualmente e compartilharem experiências em tempo real. A ideia era impressionante, e o garoto ficou entusiasmado ao apresentar seu projeto.
Na feira, a mesa de Alex estava cheia de pessoas curiosas. Ele começou a explicar como o ConectAR funcionava, demonstrando a experiência virtual que já havia preparado. Os espectadores olham com a tecnologia inovadora. No entanto, conforme o aspirador a cientista mostrou os óculos, um erro inesperado ocorreu, e a tela ficou preta.
“Deu ruim!”, pensou Alex, enquanto tentava resolver o problema. Mas, por mais que ele tentasse, o dispositivo permanecia inoperante. O público começou a murmurar, e a tensão naquele espaço aumentou.
Alex não desistiu e pediu um pouco de tempo para resolver o problema. Ele se retirou da vista do público e começou a verificar o dispositivo, procurando a causa do mau funcionamento. O rapaz percebeu que um dos cabos de conexão estava solto, e, com um rápido conserto, o ConectAR voltou a funcionar.
O estudante retornou para a exposição e, com um sorriso de orelha a orelha, reiniciou a demonstração. O público ficou novamente focado em sua apresentação. O ConectAR funcionou perfeitamente, e as pessoas ficaram encantadas com a tecnologia. Alex explicou como aquela falha momentânea o ensinou a importância da persistência e da resolução de problemas na tecnologia.
No final do dia, seu projeto foi um grande sucesso, recebendo elogios dos professores e dos colegas de classe. O jovem prodígio superou o conflito inesperado e mostrou que a tecnologia pode ser poderosa, mas também sujeita a desafios. A lição que ele tirou daquele dia é que, mesmo quando “dá ruim”, a determinação e a habilidade de resolver problemas podem levar ao sucesso.
Texto elaborado pela Equipe do NEC/SME – Goiânia
QUESTÃO 1
A situação inicial do texto apresenta brevemente o espaço em que as ações aparentam acontecer, o tempo e o protagonista da narrativa, Alex. No decorrer do texto, o nome “Alex” é substituído por outras palavras e expressões. Sabendo disso, responda ao que se pede:
(A) Anote todas as palavras ou expressões que foram utilizadas no texto para substituir o nome “Alex”.
(B) A quais classes gramaticais as palavras ou expressões listadas por você pertencem?
(C) Reflita e levante hipóteses: qual seria o objetivo do autor ao realizar tantas substituições do nome “Alex” no decorrer do texto?
QUESTÃO 2
O conflito em torno do qual se desenvolveu a narrativa foi o fato de:
(A) Alex ter desenvolvido seu projeto sem a colaboração de outros colegas.
(B) Alex ter ficado entusiasmado demais com o trabalho escolar.
(C) ter ocorrido um erro inesperado com o experimento de Alex.
(D) o público ter começado a murmurar.
QUESTÃO 3
No texto, há o emprego de expressão informal, típica da oralidade, como pode ser comprovado em:
(A) ConectAR: A Tecnologia do Futuro
(B) Deu ruim!
(C) ficou preta
(D) seu projeto foi um grande sucesso
QUESTÃO 4
No trecho “O estudante retornou para a exposição e, com um sorriso de orelha a orelha, reiniciou a demonstração”, o que quer dizer a expressão em destaque?
Autoria: | Marlon Santos |
Formação: | Letras – Português |
Componente curricular: | Língua Portuguesa |
Habilidade estruturante: | (EF69LP47-A) Analisar, em textos narrativos ficcionais, as diferentes formas de composição próprias de cada gênero, os recursos coesivos que constroem a passagem do tempo e articulam suas partes, as escolhas lexicais típicas de cada gênero para a caracterização dos cenários e dos personagens e os efeitos de sentido decorrentes dos tempos verbais, dos tipos de discurso, dos verbos de enunciação e das variedades linguísticas (no discurso direto, se houver) empregados, identificando o enredo e o foco narrativo. |
Referências: | Documento Curricular para Goiás (DC-GO). Goiânia/GO: CONSED/ UNDIME Goiás, 2018. Disponível em: <https://cee.go.gov.br> Acesso em: 01, set. 2023 |