Esta é uma proposta de atividade de História com base no DC/GO – Ampliado e é destinada aos estudantes do 9º Ano do Ensino Fundamental Anos Finais.
The pyramids of Meroe – UNESCO World Heritage. Disponível em:<https://en.wikipedia.org/wiki/Kingdom_of_Kush#/media/File:Sudan_Meroe_Pyramids_30sep2005_2.jpg>. Acesso em> 26 mai. 2023.
Reinos africanos invisibilizados.
Os reinos antigos da Núbia, Etiópia, Reino Kush e Egito desempenharam papéis significativos na história da África, deixando um legado cultural e político duradouro. Esses reinos prosperaram em diferentes períodos de tempo e geografias distintas, mas compartilharam muitas semelhanças em termos de desenvolvimento social, política e econômica.
A região da Núbia, localizada ao longo do rio Nilo, abrangia partes do que é hoje o Sudão moderno e o norte do Egito. A civilização núbia foi uma das mais antigas da África, remontando a cerca de 3500 a.C. Os núbios eram conhecidos por sua habilidade na agricultura, mineração e comércio. Eles estabeleceram uma série de reinos ao longo da história, como Kerma, Napata e Meroé. O Reino de Meroé, em particular, foi famoso por seu domínio na produção de ferro e por sua riqueza derivada do comércio com outras civilizações do Mediterrâneo.
Na Etiópia, encontramos uma das civilizações mais antigas do continente africano. O Reino de Axum, também conhecido como Império Aksumita, surgiu por volta do século II a.C. e floresceu até o século VII d.C. Axum foi um importante centro comercial e marítimo, controlando rotas que conectavam a África ao Oriente Médio, Índia e Europa. A civilização etíope era conhecida por seu sistema de escrita, a língua Ge’ez, bem como por sua arquitetura distintiva, notavelmente as estelas de granito que marcavam sepulturas e importantes marcos religiosos.
O Reino Kush, localizado no nordeste da África, floresceu entre 800 a.C. e 350 d.C., tendo Napata e Meroé como suas principais capitais. Os kushitas eram conhecidos por seu poder militar e pela influência cultural que absorveram do Egito. De fato, durante o período conhecido como a 25ª Dinastia Egípcia, os kushitas governaram o Egito, estabelecendo uma dinastia núbia. Os reis kushitas eram considerados faraós legítimos e adotaram a cultura e os costumes egípcios, mas também preservaram suas próprias tradições e religião.
Por último, mas certamente não menos importante, temos o Egito, um dos reinos mais famosos da antiguidade. Com uma história que remonta a mais de 5.000 anos, o Egito é conhecido por suas impressionantes pirâmides, templos grandiosos e complexos funerários elaborados. O Egito Antigo foi dividido em várias dinastias ao longo dos séculos, cada uma marcada por governantes poderosos, como os faraós, e avanços significativos nas áreas da escrita, arquitetura, agricultura e medicina. O Egito também desempenhou um papel importante no comércio, estabelecendo rotas e relações comerciais com outras civilizações da época.
Embora cada um desses reinos tenha tido sua própria identidade cultural e política, eles compartilharam uma conexão geográfica com o rio Nilo, que desempenhou um papel fundamental em seu desenvolvimento e sustento. Além disso, eles estiveram em contato uns com os outros ao longo dos séculos, influenciando-se mutuamente por meio do comércio, guerras e intercâmbios culturais. Os reinos antigos da Núbia, Etiópia, Reino Kush e Egito são testemunhos notáveis da rica herança africana e da diversidade de civilizações que floresceram no continente ao longo dos milênios.
Responda às Questões
Questão 1
O Reino de Aksum, também conhecido como Império de Axum, prosperou entre os séculos 1 a.C. e 7 d.C., sendo conhecido por seu poder econômico, influência política e, em particular, por sua posição estratégica como centro comercial entre a África, o Oriente Médio e o Mar Mediterrâneo.
Qual era a localização geográfica exata do Reino de Aksum e como sua posição geográfica influenciou seu papel como um importante centro comercial na antiguidade?
Questão 2
A Núbia foi uma antiga região localizada no vale do rio Nilo, que abrangia partes do que hoje são Sudão e Egito. Ao longo dos séculos, a Núbia desempenhou um papel significativo na história africana, estabelecendo uma rica civilização e mantendo relações comerciais e culturais com as grandes potências da época, como o Egito e o Império Romano.
Qual foi a importância histórica da Núbia e como suas relações comerciais e culturais influenciaram seu desenvolvimento e sua interação com outras civilizações, como o Egito e o Império Romano?
Questão 3
O Reino de Kush, uma antiga civilização localizada no que é atualmente o Sudão, desempenhou um papel crucial na história africana. No entanto, devido ao eurocentrismo e ao fenômeno do “epistemicídio”, o conhecimento e a importância desse reino foram subestimados ou marginalizados.
Como o eurocentrismo e o fenômeno do “epistemicídio” afetaram a percepção do Reino de Kush na história?
(A) Levaram ao apagamento da existência do Reino de Kush dos registros históricos.
(B) Resultaram em um enfoque exclusivo nas contribuições europeias, ignorando a influência do Reino de Kush.
(C) Causaram a dominação cultural do Reino de Kush por outras civilizações.
(D) Resultaram no desaparecimento físico do Reino de Kush e de suas conquistas.
Questão 4
O Egito Antigo é conhecido por sua rica e complexa religião, que desempenhou um papel fundamental na vida cotidiana dos antigos egípcios. Suas crenças religiosas envolviam uma vasta variedade de deuses e rituais, refletindo a importância da espiritualidade na sociedade egípcia.
Qual era o conceito central da religião no Egito Antigo?
(A) Politeísmo.
(B) Monoteísmo.
(C) Ateísmo.
(D) Panteísmo.
Autoria: | Prof. Esp.: Uilson Silva Duarte |
Formação: | História |
Componente Curricular: | História |
Habilidades: | (GO-EF06HI07-B) Compreender a história, cultura, sociedade, política e religião das antigas civilizações africanas com destaque para os Núbios, Etíopes, Reino Kush e Egípcios. |
Referências bibliográficas: | MACEDO, JR., org. Antigas civilizações africanas: historiografia e evidências documentais. In: Desvendando a história da África [online]. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2008. Diversidades series, pp. 13-27. ISBN 978-85-386-0383-2. Disponível em:<https://books.scielo.org/id/yf4cf/pdf/macedo-9788538603832-02.pdf>. Acesso em: 23 maio 2023.SILVA, Alberto da Costa e. A enxada e a lança: a África antes dos portugueses. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1992.FRIZZO, F. Imperialismo, Estado e Hierarquização Social na Baixa Núbia durante o Reino Novo egípcio (1550-1070 a.C.). Revista de História, [S. l.], n. 179, p. 1-22, 2020. DOI: 10.11606/issn.2316-9141.rh.2020.154934. Disponível em:<https://www.revistas.usp.br/revhistoria/article/view/154934>. Acesso em: 23 maio. 2023. |