Esta proposta de atividade de Arte/Dança é destinada aos estudantes do 5º Período da Educação de Jovens e Adultos – EJA.
Imagem 1: Disponível em: https://flic.kr/p/2cHWmwX UnB Universidade de Brasília. Acesso em: 16, set. 2024.
DIVERSIDADE NA DANÇA. CORPO, MOVIMENTO E INCLUSÃO
A dança, ao longo da história, sempre foi uma poderosa forma de expressão artística e cultural, refletindo identidades, emoções e tradições. No entanto, durante muito tempo, o espaço da dança foi restrito a certos padrões corporais e habilidades, limitando o acesso e a participação de muitas pessoas. Nos últimos anos, esse cenário vem mudando com o fortalecimento da ideia de diversidade e inclusão na dança, rompendo barreiras e ampliando o conceito de quem pode dançar e como se pode dançar.
CORPO DIVERSO, MOVIMENTO ÚNICO
A dança, quando inclusiva, valoriza a multiplicidade de corpos e reconhece que todos, independentemente de suas capacidades físicas, podem expressar emoções e histórias por meio do movimento. O corpo que dança não precisa seguir os padrões tradicionais de beleza ou técnica. Corpos com deficiências físicas, corpos maiores, corpos que seguem diferentes trajetórias de vida — todos têm o potencial de comunicar, criar e emocionar.
Essa diversidade corporal traz novas possibilidades para a criação coreográfica e para a estética da dança. Grupos de dança inclusivos vêm explorando formas inovadoras de integrar cadeirantes, surdos, cegos e pessoas com outras deficiências, promovendo a interação entre diferentes corpos e formas de se mover. Essa integração não só enriquece a arte, mas também desconstrói estereótipos e amplia a visão do público sobre o que significa dançar.
Imagem 2: Disponível em: https://flic.kr/p/2ooq5ia. Acesso em: 16, set. 2024.
MOVIMENTO COMO LINGUAGEM UNIVERSAL
O movimento é uma linguagem universal que transcende as barreiras de comunicação, seja pela deficiência, idade ou diferença cultural. Na dança inclusiva, o foco está na capacidade de cada pessoa de se expressar através do corpo, utilizando os recursos que ela possui, sejam eles amplos ou limitados. Essa abordagem redefine a técnica, não mais como uma imposição de regras rígidas, mas como uma adaptação criativa às potencialidades de cada indivíduo.
Coreógrafos e dançarinos que adotam práticas inclusivas compreendem que a dança pode ser transformadora, especialmente para aqueles que tradicionalmente foram excluídos desse campo. O palco torna-se um espaço de encontros, onde o movimento vai além da estética para ser também uma prática de empoderamento e aceitação.
Imagem 3: Disponível em: https://flic.kr/p/NXJrMr UnB Universidade de Brasília. Acesso em: 16, set. 2024.
INCLUSÃO: TRANSFORMANDO A ARTE E A SOCIEDADE
A inclusão na dança vai além da simples integração de pessoas com diferentes corpos e habilidades. Trata-se de uma mudança de mentalidade que questiona as normas sociais e artísticas, promovendo um ambiente de acolhimento, respeito e equidade. Ao abrir espaço para a diversidade, a dança inclusiva também incentiva o diálogo sobre acessibilidade, direitos e visibilidade, tanto na arte quanto na sociedade em geral.
A inclusão no campo da dança contribui para a construção de uma sociedade mais justa e diversa, onde a arte não pertence a um grupo seleto, mas sim a todos. Ao quebrar os limites impostos pela sociedade, a dança inclusiva nos lembra que a verdadeira beleza da arte está em sua capacidade de refletir a pluralidade da experiência humana.
Imagem 4: Disponível em: https://flic.kr/p/2mKW5xy Acesso em: 16, set. 2024.
Em última análise, a diversidade na dança nos desafia a repensar nossos preconceitos e a reconhecer o valor intrínseco de cada corpo em movimento. O palco, portanto, torna-se um reflexo da sociedade que queremos construir: uma sociedade onde todas as formas de ser e se expressar são bem-vindas e celebradas.
QUESTÃO 1
Descreva sobre a diversidade na dança:
QUESTÃO 2
Como na dança você pode trabalhar a inclusão?
QUESTÃO 3
Na dança inclusiva, o foco está na capacidade de cada pessoa de se expressar através do corpo, utilizando os recursos que ela possui,
( A ) sejam eles somente amplos.
( B ) sejam eles somente limitados.
( C ) sejam eles amplos ou limitados.
( D ) sejam eles ausentes.
QUESTÃO 4
A inclusão no campo da dança contribui para a construção de
( A ) uma sociedade menos justa e diversa, onde a arte não pertence a um grupo seleto, mas sim a todos.
( B ) uma sociedade menos justa e diversa, onde a arte pertence a um grupo seleto, mas sim a todos.
( C ) uma sociedade mais justa e diversa, onde a arte não pertence a um grupo seleto, mas sim a todos.
( D ) uma sociedade mais justa e diversa, onde a arte pertence a um grupo seleto, mas sim a todos.
Autoria: | Eurim Pablo |
Formação: | Educação Física e Mestre em Performances Culturais |
Componente Curricular: | Arte/Dança |
Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento: | (EJAAD0515) Estimular o olhar crítico-reflexivo acerca de elementos sócio- históricoculturais presentes nas Artes que suscitam debates e reflexões acerca dos padrões de corpo, estereótipos, diversidade (cultural, religiosa, dentre outras), acessibilidade e direitos humanos |
Referências: | AMOEDO BARRAL, J. Dança Inclusiva em contexto artístico análise de duas companhias. Universidade Técnica de Lisboa Faculdade de Motricidade Humana. 2002. GAIO, R; GÓIS, A. A. F. Dança, Diversidade e Inclusão Social: sem limites para dançar! In: TOLOCKA, R. E; VERLENGIA, R. (orgs). Dança e Diversidade Humana. Campinas, SP: Papirus, 2006. NANNI, Dionísia. A dança como veículo de expressão e comunicação: uma visão holística. Revista Brasileira de Ciência e Movimento, v. 3, n. 1, p. 41-45, jan. 1989. STRAZZACAPPA, Márcia. A Educação e a Fábrica de Corpos: A Dança na Escola. Cadernos Cedes, ano XXI, no 53, pp. 69-83 abril/2001. |