Esta atividade tem como base as sequências didáticas propostas pelo Programa Aprender Sempre, da SME-Goiânia, com base no DC/GO – Ampliado e está destinada a estudantes do 5º ano do Ensino Fundamental.
ASSISTA A VIDEOAULA A SEGUIR:
Tudo que é de comer é bom?
OLÁ ESTUDANTE!
Você sabe o que é um artigo de divulgação científica?
O artigo de divulgação científica é um tipo de texto que tem como objetivo comunicar descobertas científicas, teorias, pesquisas ou conceitos de uma maneira acessível e compreensível para o público em geral.
A principal característica de um artigo de divulgação científica é sua linguagem acessível e clara, que evita jargões técnicos e complexos. O objetivo é tornar a ciência compreensível e interessante para um público não especializado, sem sacrificar a precisão e a exatidão das informações transmitidas.
Os suportes mais utilizados para a divulgação desse tipo de texto são as revistas e jornais científicos, livros, plataformas de divulgação científica, televisão, internet.
Veja um trecho de um artigo científico: Alimentação Saudável
Por que uma alimentação saudável, diferentemente do que muitos pensam, não é uma alimentação cheia de restrições ou sem sabor? Uma alimentação saudável é aquela que garante, principalmente, que seu organismo esteja recebendo todos os nutrientes de que ele precisa. Para ser uma alimentação realmente saudável, é preciso pensar em variedade, equilíbrio, quantidade e na segurança dos alimentos que estão sendo ingeridos.
Agora observe o trecho em destaque e reflita sobre o uso do “porque”:
“Por que uma alimentação saudável, diferentemente do que muitos pensam, não é uma alimentação cheia de restrições ou sem sabor?”
Existem 4 tipos de porquês (por que, porque, por quê e porquê) que são empregados da seguinte forma:
- Por que: utilizado em perguntas.
Exemplo: Por que nem tudo o que comemos é bom?
- Porque: utilizado em respostas.
Exemplo: Porque existem alimentos que não têm os nutrientes necessários que precisamos.
- Por quê: utilizado em perguntas no fim das frases.
Exemplo: Você não gosta desse alimento, por quê?
- Porquê: possui o valor de substantivo e indica o motivo, a razão.
Exemplo: Gostaria de saber o porquê de ingerir alimentos saudáveis.
Atividades
QUESTÃO 1
Leia o texto seguinte e realize a atividade proposta:
ALIMENTOS ULTRAPROCESSADOS
Evite alimentos ultraprocessados
Devido a seus ingredientes, alimentos ultraprocessados — como biscoitos recheados, salgadinhos “de pacote”, refrigerantes e macarrão “instantâneo” — são nutricionalmente desbalanceados. Por conta de sua formulação e apresentação, tendem a ser consumidos em excesso e a substituir alimentos in natura ou minimamente processados. As formas de produção, distribuição, comercialização e consumo afetam de modo desfavorável a cultura, a vida social e o meio ambiente.
A fabricação de alimentos ultraprocessados, feita em geral por indústrias de grande porte, envolve diversas etapas e técnicas de processamento e muitos ingredientes, incluindo sal, açúcar, óleos, gorduras e substâncias de uso exclusivamente industrial.
Ingredientes de uso industrial comuns nesses produtos incluem proteínas de soja e do leite, extratos de carnes, substâncias obtidas com o processamento adicional de óleos, gorduras, carboidratos e proteínas, bem como substâncias sintetizadas em laboratório a partir de alimentos e de outras fontes orgânicas como petróleo e carvão. Muitas dessas substâncias sintetizadas atuam como aditivos alimentares cuja função é estender a duração dos alimentos ultraprocessados ou, mais frequentemente, dotá-los de cor, sabor, aroma e textura que os tornem extremamente atraentes.
(…)
Por que evitar o consumo de alimentos ultraprocessados? Há muitas razões para evitar o consumo de alimentos ultraprocessados. Essas razões estão relacionadas à composição nutricional desses produtos, às características que os ligam ao consumo excessivo de calorias e ao impacto que suas formas de produção, distribuição, comercialização e consumo têm sobre a cultura, a vida social e sobre o meio ambiente.
Alimentos ultraprocessados favorecem o consumo excessivo de calorias
Alimentos ultraprocessados “enganam” os dispositivos de que nosso organismo dispõe para regular o balanço de calorias. Em essência, esses dispositivos (situados no sistema digestivo e no cérebro) são responsáveis por fazer com que as calorias ingeridas por meio dos alimentos igualem as calorias gastas com o funcionamento do organismo e com a atividade física. Dito de modo bastante simplificado, esses dispositivos tendem a subestimar as calorias que provêm de alimentos ultraprocessados e, nesta medida, a sinalização de saciedade após a ingestão desses produtos não ocorre ou ocorre tardiamente.
Como consequência, quando consumimos alimentos ultraprocessados, tendemos, sem perceber, a ingerir mais calorias do que necessitamos; e calorias ingeridas e não gastas inevitavelmente acabam estocadas em nosso corpo na forma de gordura. O resultado é a obesidade.
A elevada quantidade de calorias por grama, comum à maioria dos alimentos ultraprocessados, é um dos principais mecanismos que desregulam o balanço de energia e aumentam o risco de obesidade.
A quantidade de calorias dos alimentos ultraprocessados varia de cerca de duas e meia calorias por grama (maioria dos produtos panificados) a cerca de quatro calorias por grama (barras de cereal), podendo chegar a cinco calorias por grama, no caso de biscoitos recheados e salgadinhos “de pacote”. Essa quantidade de calorias por grama é duas a cinco vezes maior que a da tradicional mistura de duas partes de arroz para uma de feijão.
Outros atributos comuns a muitos alimentos ultraprocessados podem comprometer os mecanismos que sinalizam a saciedade e controlam o apetite, favorecendo, assim, o consumo involuntário de calorias e aumentando o risco de obesidade. Entre esses atributos, destacam-se:
Hipersabor: com a “ajuda” de açúcares, gorduras, sal e vários aditivos, alimentos ultraprocessados são formulados para que sejam extremamente saborosos, quando não para induzir hábito ou mesmo para criar dependência. A publicidade desses produtos comumente chama a atenção, com razão, para o fato de que eles são “irresistíveis”.
Comer sem atenção: a maioria dos alimentos ultraprocessados é formulada para ser consumida em qualquer lugar e sem a necessidade de pratos, talheres e mesas. É comum o seu consumo em casa enquanto se assiste a programas de televisão, na mesa de trabalho ou andando na rua. Essas circunstâncias, frequentemente lembradas na propaganda de alimentos ultraprocessados, também prejudicam a capacidade de o organismo “registrar” devidamente as calorias ingeridas.
Tamanhos gigantes: em face do baixo custo dos seus ingredientes, é comum que muitos alimentos ultraprocessados sejam comercializados em recipientes ou embalagens gigantes e a preço apenas ligeiramente superior ao de produtos em tamanho regular. Diante da exposição a recipientes ou embalagens gigantes, é maior o risco do consumo involuntário de calorias e maior, portanto, o risco de obesidade.
Calorias líquidas: no caso de refrigerantes, refrescos e muitos outros produtos prontos para beber, o aumento do risco de obesidade é em função da comprovada menor capacidade que o organismo humano tem de “registrar” calorias provenientes de bebidas adoçadas. Como a alta densidade calórica e os demais atributos que induzem o consumo excessivo de calorias são intrínsecos à natureza dos alimentos ultraprocessados, a estratégia de reformulação aqui é pouco aplicável.
Disponível em: GOIÂNIA. Secretaria Municipal de Educação. Aprender sempre. 5°. Ano – Ensino Fundamental; Língua Portuguesa e Matemática; 2°. Bimestre; Goiânia, 2022.
Qual dos seguintes aspectos melhor descreve o tipo de texto que você leu?
(A) Um romance clássico da literatura inglesa.
(B) Um artigo acadêmico sobre física quântica.
(C) Uma notícia recente sobre política internacional.
(D) Um artigo de divulgação científica sobre os benefícios da leitura.
(E) Uma notícia sobre saúde.
QUESTÃO 2
Identifique os elementos no texto e escreva com suas palavras:
QUESTÃO 3
Qual das seguintes características é típica de um artigo de divulgação científica?
(A) Uso extensivo de terminologia técnica.
(B) Apresentação de dados experimentais detalhados.
(C) Comunicar descobertas científicas.
(D) Discussão de teorias abstratas e complexas.
(E) Comunicar notícias.
QUESTÃO 4
Como estratégia de estudo, além da leitura atenta, pode-se elaborar resumos e mapas conceituais para melhor fixação do assunto estudado. Elabore um resumo referente ao texto lido no exercício anterior e em seguida faça um mapa conceitual embasado no resumo que você produziu.
Componente Curricular: | LÍNGUA PORTUGUESA |
Habilidade: | (EF05LP07) Compreender, na leitura de textos, o sentido do uso de diferentes conjunções e a relação que estabelecem na articulação das partes do texto: adição, oposição, tempo, causa, condição, finalidade. (EF35LP11) Ouvir canções, notícias, entrevistas, poemas e outros textos orais, em diferentes variedades linguísticas, identificando características regionais, respeitando os diferentes grupos e culturas locais e rejeitando preconceitos linguísticos. (EF05LP22) Ler e compreender textos do campo das práticas de estudo e pesquisa (resumos, mapas conceituais, textos de divulgação científica, você sabia quê?), sobre tema de interesse dos estudantes, considerando a situação comunicativa, a estrutura composicional e o estilo do gênero. (EF05LP24A) Planejar e produzir textos do campo das práticas de estudo e pesquisa (resumos, mapas conceituais, textos de divulgação científica, você sabia quê?), sobre tema de interesse dos estudantes, para organizar resultados de pesquisa em fontes de informação impressas ou digitais, com a inclusão de imagens, gráficos, tabelas ou infográficos, considerando a situação comunicativa, a estrutura composicional e o estilo do gênero. (EF05LP24B) Revisar e editar resumos, mapas conceituais, textos de divulgação científica, você sabia quê?, entre outros textos produzidos, cuidando da apresentação final dos gêneros. |
Referências: | GOIÂNIA. Secretaria Municipal de Educação. Aprender sempre. 5°. Ano – Ensino Fundamental; Língua Portuguesa e Matemática; 2°. Bimestre; Goiânia, 2022. Projeto Buriti. Português. (Coleção do 2º ao 5º ano). São Paulo: Moderna, 2017. |