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História – O Império Romano.

Olá, estudante (a). Esta videoaula de História foi veiculada na TV no dia 04/10/2021 (Segunda-Feira). Aqui no Portal Conexão Escola, ela está disponível juntamente com a proposta de atividade.

Nesta aula analisaremos o Império Romano do seu apogeu ao declínio e por fim a extinção do mesmo. Seus aspectos sociais e culturais e seu legado.

Temática – História – O Império Romano. Disponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Mapa_Imperio_romano>. Acesso em: 02 de Setembro de 2021.

Assista a videoaula abaixo, com a temática – História – O Império Romano.

HISTÓRIA | 6º ANO | ENSINO FUNDAMENTAL | PROF.: UILSON DUARTE

O Império Romano

Fundada por pastores que se estabeleceram na região centro ocidental da Península Itálica – Etruscos, Italiotas e Gregos. A foto abaixo é uma representação para a origem mitológica de Roma.

Roma teria sido fundada pelos irmãos gêmeos Rômulo e Remo. Segundo a lenda, os gêmeos foram atirados às margens do Rio Tibre,  a mando do seu Tio, Amúlio.

Disponível em: <https://pixabay.com/es/photos/loba-segovia-r%C3%B3mulo-remo-acueducto-590786/>. Acesso em 15 de setembro de 2021.

Para exemplificar as lutas sociais romanas podemos destacar os embates entre Patrícios e Plebeus! Vocês conseguem diferenciá-los? Vejamos abaixo algumas das causas de conflitos entre essas duas classes:

 PATRÍCIOS X PLEBEUS

As causas:

• Distinção injusta entre as duas categorias sociais. Os Plebeus, além de excluídos da magistratura, eram proibidos do matrimônio patrício.

• Dívidas contraídas pelos Plebeus e desumanidade dos credores patrícios  que prendiam os pobres sem recursos para pagá-las com a escravidão.

A retirada dos Plebeus para o Monte Sagrado

Cansados das promessas do Senado, os Plebeus retiram-se para o Monte sagrado, com o propósito de fundar uma nova cidade. Para  voltar, os Plebeus exigem e conseguem a nomeação de dois representantes  no Senado, os Tribunos da Plebe.

Tribunos da Plebe 494 a. C: Podiam propor Leis e vetar aquelas contrárias  aos interesses da plebe. 

Lei das Doze Tábuas 450 a. C: primeiras leis escritas;

Lei Canuléia 445 a.C: Permitia casamentos entre Patrícios e Plebeus.

Lei Licinía Sextia: Proibiu a escravidão por dívidas e acesso à terra pública.

Entre 449 e 300 a.C., foram votadas leis que aboliram a escravidão  e permitiu o exercício de funções em qualquer Magistratura por Plebeus. 

Em relação à religião os romanos eram politeístas, ou seja, adoravam vários deuses. Deuses esses que foram apropriados dos gregos. Abaixo na tabela temos alguns exemplos dessas divindades. Primeiro nós temos os nomes gregos dos deuses e em seguida o seu correspondente romano e suas respectivas responsabilidades ou ocupação no panteão dos deuses.

O Império Romano  (27 a.C. – 476 d.C. – 1453)

Disponível em: <https://www.publicdomainpictures.net/pt/view-image.php?image=210184&picture=coliseu-em-roma>. Acesso em 09 setembro 2021.

O Alto Império

Quando se tornou imperador, Otávio Augusto (63 a.C.-14) procurou assegurar a hegemonia romana nas fronteiras do império. Ele procurou, também, construir mais estradas e garantir a segurança de quem nelas trafegava, o que estimulou o comércio e aumentou o intercâmbio entre as várias regiões do império. Além disso, patrocinou artistas e escritores e implantou um amplo programa de construção de obras públicas, como teatros, templos, banhos públicos e aquedutos.

A extensão do império

Em 117, o Império Romano atingiu sua máxima extensão. Abrangia, aproximadamente, metade da Europa, o norte da África e parte do Oriente Próximo. Observe.

Disponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Mapa_Imperio_romano>. Acesso em: 09 setembro 2021.

 O Baixo Império

O Baixo Império foi o período que representou a crise do Império Romano. Foram vários os motivos que geraram essa crise. Conheça os principais deles. 

Crise do escravismo: desde a época em que o Império Romano interrompeu sua expansão e deixou de promover guerras de conquistas, por volta do ano 100, o número de pessoas escravizadas caiu consideravelmente. Como o escravismo era um dos pilares da riqueza romana, a falta de escravizados gerou uma grave crise econômica.

Ruralização da economia: diante da crise pela qual passava o império, houve um enfraquecimento de atividades como a produção artesanal e o comércio. Assim, milhares de trabalhadores ficaram desempregados e começaram a deixar as cidades para viver sob a proteção de grandes proprietários de terras. Desse modo, a área rural começou a se tornar mais povoada e mais importante que a área urbana.

Falta de proteção das fronteiras do império: a crise econômica fez com que o Estado deixasse de arrecadar os impostos necessários para a manutenção do império. Cada vez mais pressionadas por povos estrangeiros, principalmente germânicos, as fronteiras do império precisavam ser protegidas pelo exército, mas o Estado estava com dificuldades de pagar o soldo. Com isso, os governantes romanos precisaram criar novas formas de proteger as fronteiras do império, fazendo acordos com os povos invasores já instalados. O Estado doava terras a esses invasores e, em troca, eles tinham de evitar que novas invasões ocorressem nas fronteiras. Isso permitiu que, aos poucos, o exército romano fosse composto, em grande parte, de germânicos.

As tentativas de superação da crise

A partir do século III, a grave crise econômica vivida pelos romanos gerou também uma séria crise política. Para se ter uma ideia, entre os anos de 235 e 284, 26 imperadores governaram Roma, e quase todos foram assassinados. 

Em 284, o imperador Diocleciano tentou contornar a crise política, dividindo o poder com Maximiano, seu amigo de confiança. Foram nomeados também dois generais para governar grandes áreas do império. Esse sistema de governo ficou conhecido como Tetrarquia, ou seja, o poder dividido entre quatro autoridades.

Com a abdicação de Diocleciano e de Maximiano em 305, seus generais os substituíram. No entanto, várias guerras civis afetaram o império, e só cessaram quando Constantino assumiu o poder como imperador. Ele desfez a Tetrarquia e reunificou o poder em suas mãos, transferindo, em 330, a capital do império para o Oriente, na cidade de Bizâncio, que, posteriormente, passou a se chamar Constantinopla.

Algumas considerações sobre a sociedade romana

O Cristianismo e a divisão do império

Durante seu governo, Constantino passou a apoiar os seguidores de uma religião que ganhava cada vez mais espaço no império: o Cristianismo. Essa religião surgiu a partir dos ensinamentos de Jesus Cristo e foi difundida lentamente por todo o império.

O imperador Teodósio levou adiante os planos de Constantino e tornou o Cristianismo a religião oficial do império, em 391. Além disso, no ano de 395, Teodósio dividiu o império em duas partes: o Império Romano do Ocidente e o Império Romano do Oriente.

As mulheres romanas

O cotidiano das mulheres plebeias e patrícias era bem diferente. As mulheres patrícias casavam-se por volta dos 14 anos, e os casamentos eram arranjados pelos pais. Como não precisavam trabalhar, elas tinham mais tempo livre para realizar diversas atividades, como ler, escrever, tocar instrumentos musicais e pintar. Eram responsáveis pelos cuidados com os filhos, e para essa e outras atividades cotidianas contavam com o trabalho de mulheres escravizadas.

As mulheres plebeias tinham mais autonomia em relação ao casamento. Elas podiam casar com quem quisessem, mas muitas vezes os casamentos entre os plebeus eram realizados para o casal dividir as despesas. Além disso, as plebeias tinham mais liberdade, pois trabalhavam fora e assim tinham maior contato com outros ambientes. 

Em casa, as plebeias eram responsáveis pelas tarefas domésticas, pelos cuidados com os filhos e pela produção artesanal de tecidos de lã.

A educação das crianças

Os meninos e meninas de Roma entravam na escola por volta dos 7 anos de idade. Nela, eles aprendiam a ler, a escrever e também recebiam noções de cálculo. 

Por volta dos 12 anos, as meninas deixavam a escola e passavam a ser educadas unicamente pelas suas mães. O objetivo era que se tornassem boas donas de casa, esposas e mães.

A partir dos 12 anos, somente os meninos de famílias influentes continuavam a estudar. Aprendiam literatura, história e o idioma grego. Também eram preparados para a vida militar.

As atividades de lazer

Nos momentos de lazer, os romanos assistiam a lutas dos gladiadores, a corridas de biga e a espetáculos teatrais. 

As crianças romanas jogavam algumas brincadeiras semelhantes às atuais, como bolinhas de gude, jogo de pedrinhas, pião, jogos de tabuleiro e brincadeiras com bola.

RESUMO

A sociedade romana era composta principalmente de patrícios, plebeus e escravizados.

Os patrícios concentravam a maior parte das terras romanas e também tinham muitos privilégios políticos. Com o tempo, os plebeus passaram a reivindicar mais direitos e também a realização da reforma agrária.

A história dos romanos na Antiguidade é constituída pelos períodos Monárquico, Republicano e Imperial.

O latim e o Direito Romano são dois legados dessa civilização ao mundo ocidental que estão presentes em nosso dia a dia.

No século II, o Império Romano atingiu sua máxima extensão, abarcando regiões de praticamente todo o entorno do mar Mediterrâneo. Muitas cidades foram construídas ou se expandiram nessas regiões.

As mulheres pertencentes à classe dos plebeus tinham mais autonomia em relação à sua vida privada, porém deveriam se dedicar também ao trabalho para auxiliar no sustento da família.

Atividades

Questão 1 – Quando foi criado o tribunato da plebe? O que isso representou para os plebeus?

Questão 2 – Quem foi o primeiro imperador romano? Quais foram as principais ações de seu governo?

Questão 3 – Como era o cotidiano das mulheres romanas? Havia diferenças entre mulheres patrícias e plebeias?

Questão 4 – A concentração de terras nas mãos de poucas pessoas provoca graves problemas sociais, como vimos a respeito da Roma antiga. Em várias partes do mundo, e em épocas variadas, esse problema também foi verificado. Uma das maneiras de resolver parte desses problemas, que também ocorrem no Brasil, é promover a reforma agrária. Leia o texto.

Fazer a reforma agrária significa realizar o assentamento no campo de pessoas e famílias que querem terra para trabalhar. É uma política pública de responsabilidade do governo federal, que pode ser executada por meio de um projeto amplo que deve ter como objetivos principais:

• a desconcentração fundiária, para evitar que a terra permaneça nas mãos de poucas pessoas ou empresas;

• a democratização do acesso à terra, possibilitando que mais pessoas tenham acesso a ela para trabalhar.

Segundo a Constituição brasileira, a terra tem uma função social a cumprir. Isso significa que, embora tenha proprietário, deve estar a serviço dos interesses da população, produzindo de acordo com suas necessidades.

As grandes propriedades que não cumprem sua função social podem, de acordo com a Constituição, ser desapropriadas para a implantação de assentamentos rurais. As pequenas e médias propriedades, bem como as empresas rurais, não podem ser desapropriadas.

É importante distinguir a reforma agrária de luta pela terra. A reforma agrária é uma política pública realizada pelo Estado. A luta pela terra é realizada pelos movimentos sociais que reivindicam o acesso à terra. A ocupação da terra é uma das principais estratégias de pressão para que o governo realize a reforma agrária.

(FERNANDES, Bernardo Mançano; PORTELA, Fernando. Reforma agrária. 13. ed. São Paulo: Ática, 2004. p. 38. (Viagem pela Geografia). DIAS, Adriana Machado Vontade de saber: história: 6° ano: ensino fundamental: anos finais / Adriana Machado Dias, Keila Grinberg, Marco César Pellegrini. — 1. ed. — São Paulo: Quinteto Editorial, 2018. p. 180. PNLD 2020.)

a) De acordo com os autores do texto, quais são os principais objetivos da reforma agrária?

b) De acordo com a Constituição brasileira, o que significa “função social da terra”?

c) O que, segundo a Constituição brasileira, pode acontecer com as grandes propriedades que não cumprem adequadamente sua função social?

d) Explique a diferença entre reforma agrária e luta pela terra.

e) Você já ouviu falar de algum movimento social que reivindica o acesso à terra? Qual é o nome desse movimento e quais suas principais ações?

Questão 5 – Dica de Filme – ÁGORA – O filme relata a história de Hipátia, filósofa e professora em Alexandria, no Egito, entre os anos 355 e 415 d.C. Única personagem feminina do filme, Hipátia ensina filosofia, matemática e astronomia na Escola de Alexandria, junto à Biblioteca. Resultante de uma cultura iniciada com Alexandre Magno, passando depois pela dominação romana, Alexandria é agitada por ideais religiosos diversos: o cristianismo, que passou de religião intolerada para religião intolerante, convive com o judaísmo do povo hebreu e a cultura greco-romana.


Habilidades Estruturantes:(GO-EF06HI14-A) Identificar e compreender as disputas de poder entre as esferas sociais romanas e seus desdobramentos na organização social, cultural e religiosa.
Referências:BOULOS JÚNIOR, Alfredo. Sociedade e Cidadania. São Paulo: FTD, 2015.
DIAS, Adriana Machado Vontade de saber: história: 6° ano: ensino fundamental: anos finais / Adriana Machado Dias, Keila Grinberg, Marco César Pellegrini. — 1. ed. — São Paulo: Quinteto Editorial, 2018. PNLD 2020.
VICENTINO, Cláudio Teláris história, 6° ano: Ensino Fundamental, anos finais /Cláudio vicentino, José Bruno Vicentino. 1. Ed. São Paulo: Ática, 2018. PNLD 2020