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Geografia – A Migração de Retorno

Olá caro educando, na aula de hoje iremos estudar sobre uma migração muito particular. Esta migração é a chamada migração de retorno. É especial porque, no geral, as pessoas migram por uma melhor condição de vida. Neste caso, as expectativas da mudança não foram respondidas e as populações voltam para a sua terra de origem, como é o caso da população nordestina no Brasil. Então, Vamos estudar um pouco esse processo!

Atividade 1

Leia o texto abaixo sobre a migração de retorno no Brasil

Nordeste é região com maior retorno de migrantes, segundo IBGE

Sudeste perdeu potencial atrativo e Nordeste começou a reter população. Instituto cruzou informações da PNAD e dos Censos de 2000 e 2010.

15/07/2011 10h14 – Atualizado em 15/07/2011 10h14

Do G1, em São Paulo

A migração entre regiões do país perdeu intensidade na última década, e estados do Nordeste, além de reter população, começaram a receber de volta os que deixaram seus estados rumo ao centro-sul do país. É o que diz um levantamento divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (15) com base em dados da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) 2009 e dos Censos realizados em 2000 e 2010.

Segundo o instituto, na última década começou a haver um movimento de retorno da população às regiões de origem em todo o país. A corrente migratória mais expressiva continua a ser entre o Nordeste e o Sudeste, mas houve redução. A região Nordeste foi a que apresentou o maior número de migrantes retornando para seus estados, seguida, em menor escala, pela região Sul.

O IBGE investigou onde morava o indivíduo exatamente cinco anos antes da data das pesquisas, no período entre 1999 e 2009, quando aproximadamente 4,8 milhões de brasileiros migraram entre estados e entre regiões do país. 

Em 2009, os estados do Nordeste que apresentaram migração de retorno mais expressiva, conforme o instituto, superando os 20% do total de imigrantes, foram Pernambuco, Sergipe, Rio Grande do Norte e Paraíba.

Oportunidades

“Além de apresentar menor migração, diminuindo o número de pessoas que saem, o Nordeste começa a atrair população, com uma rede social melhor. Enquanto isso, o Sudeste, que já não recebia mais tantas pessoas, passa a ser também emissor, não só de migrantes, como também de quem é originário e está deixando essa região”, afirma Antônio Tadeu Ribeiro de Oliveira, um dos pesquisadores do instituto.

Enquanto São Paulo e Rio de Janeiro começaram a receber menos imigrantes na última década, estados antes considerados de grande evasão começaram a perder menos população, como Piauí e Alagoas. Já Bahia e Maranhão continuaram a ser classificados como regiões “expulsoras”, mas também diminuíram o fluxo.

Rio Grande do Sul foi o estado que apresentou maior número de migrantes de retorno do país, mas a taxa diminuiu em relação a 2004. Na Região Sul, o Paraná foi o estado que passou a receber mais migrantes. “Esse fenômeno de retorno também acontece em direção ao Paraná, mas em menor intensidade. São aqueles que haviam deixado o estado rumo ao Mato Grosso do Sul e ao Norte, em razão da expansão de fronteira agrícola, mas que começaram a retornar”, afirma o pesquisador.

Minas Gerais também aparece entre os que mais receberam migrantes de volta. “Em Minas, houve uma inversão na corrente migratória, que antes saía com direção ao Rio de Janeiro, e agora retorna, muito por conta da crise no RJ e do crescimento mineiro”, avalia Oliveira.

Segundo o estudo, o fenômeno de retorno no país ocorre devido “à saturação dos espaços do início da industrialização no centro-sul”, que “reduz a capacidade de geração de emprego e de novas oportunidades ocupacionais, o que coloca o movimento de retorno na pauta das estratégias de reprodução e circulação dos migrantes”.

Cidades que mais crescem

O estudo também considera que o crescimento das cidades com menos de 500 mil habitantes, conforme dados do Censo 2010, pode ser creditado em parte às migrações. O instituto chama o fenômeno, que vem ocorrendo nas últimas três décadas, de “desconcentração concentrada” na distribuição populacional no Brasil.

Os municípios com 500 mil habitantes ou mais aumentaram em quantidade quando comparados com o ano de 2000, passando de 31 para 38. “Nós estamos vendo que as pessoas começam a migrar para o interior que está em desenvolvimento, em busca de oportunidades nas cidades médias”, afirma Oliveira.

Entre as cidades com altas taxas de crescimento (8% do total), nenhuma possui mais de 500 mil habitantes.

Atividade 2

Após ler o texto, acesse o link a seguir, assista o vídeo e responda as questões a seguir.

ABTV 2ª EDIÇÃO – VT RETORNO DE MIGRANTES AO NORDESTE – Canal: viniciusnleal –
Link: https://www.youtube.com/watch?v=g2s9RWynsWA
  1. Quais foram os principais motivos da saída de imigrantes nordestinos para São Paulo, por exemplo?
  2. Quais estão sendo os motivos atuais do retorno desta população para o Nordeste brasileiro?
  3. Apresente os motivos básicos para o crescimento das cidades médias do interior como Petrolina e Caruaru:

ProponentesJosemar de Sousa
Instituição EducacionalEscola Municipal Osterno Potenciano e Silva
CREJarbas Jayme

EAJASegundo segmento
Turma7ª série
Componente curricularGeografia
EAJA: Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento(EAJAGE0703) Entender a estruturação e distribuição populacional em diferentes escalas a partir dos diferentes tipos de migração.