Educação participa de seminário sobre campanha Setembro Amarelo
Situações enfrentadas pelas instituições educacionais exigem encaminhamentos urgentes na rede de atendimento e, principalmente, manejo pedagógico adequado
A Prefeitura de Goiânia, por meio da Secretaria Municipal de Educação e Esporte (SME), participa, nesta quarta-feira (25/9), do Seminário Setembro Amarelo: Suicídio Infanto Juvenil e o Desalento Existencial na Contemporaneidade. Profissionais do Município integram a discussão sobre o papel da escola em situações de violência escolar, entre elas, a ideação suicida e autoprovocada. O encontro é realizado na sede do Ministério Público do Estado de Goiás, a partir das 8 horas. As atividades são realizadas nos períodos matutino e vespertino, com inscrições realizadas no local.
Estão convidadas a participarem, as escolas que desenvolvem ações em parceria com a Gerência de Inclusão, Diversidade e Cidadania (Gerinc) da SME e CRE integradas a rede de atenção do município de Goiânia. A Gerinc, nas ações de enfrentamento e Prevenção ao Suicídio e violência autoprovocada, trabalha em parceria com o Centro de Valorização a Vida (CVV), as Coordenadorias Regionais, o Programa Mediação Educacional, Conselheiros Tutelares, Capsi Água Viva e Girassol, Escolas e Famílias.
A Rede de Atenção do Município de Goiânia possui ações diversificadas e estrategicamente integradas com outras para a realização de atendimentos como a observação dos indicadores pelas escolas, a comunicação ao Conselho Tutelar Regional, o acompanhamento e monitoramento dos casos junto aos conselheiros pela Gerinc e coordenadorias, a escuta qualificada dos pais por psicólogos da rede intersetorial parceira e dos educandos e professores mediante solicitação das escolas, além de encaminhamentos para Coordenação do Programa Mediação Educacional da SME.
Acolhimento
A coordenadora das ações de enfrentamento e prevenção da violência da SME, Agda Asevedo Canedos, ressalta a importância das ações realizadas e a preparação das escolas para perceberem os indicadores. “A medida que as famílias são acolhidas pelas instituições com escuta especializada na escola em grupo e individual, com ajuda do conselho tutelar no encaminhamento a saúde mental - no caso o Capsi Água Viva, que tem sido parceira da Gerinc nos encaminhamentos urgentes -, os resultados têm sido muito positivos”, afirma.
As situações enfrentadas pelas instituições educacionais exigem encaminhamentos urgentes na rede de atendimento e pedagógico adequado. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), nove em cada dez mortes por suicídio podem ser evitadas. Diante desses dados, fica claro que a prevenção é fundamental para reverter essa situação, garantindo ajuda e atenção adequadas. Esclarecer, conscientizar, estimular o diálogo e abrir espaço para campanhas que contribuam para tirar o assunto da invisibilidade e, assim, mudar essa realidade.
Sinais
É fato que o suicídio é um fenômeno complexo, de múltiplas determinações, mas saber reconhecer os sinais de alerta pode ser o primeiro e mais importante passo. Isolamento, mudanças marcantes de hábitos, perda de interesse por atividades de que gostava, descuido com aparência, piora do desempenho na escola ou no trabalho, alterações no sono e no apetite, frases como “preferia estar morto” ou “quero desaparecer” podem indicar necessidade de ajuda.
A educação exerce papel importante com medidas preventivas. Durante o mês de setembro várias ações foram realizadas nas instituições educacionais com intuito de esclarecer e compartilhar informações. No dia 10 de setembro, alunos de escolas municipais, em parceria com o CVV, participaram da 4ª Caminhada de Valorização à Vida e Prevenção ao Suicídio.
Adriene Bastos, da Editoria de Educação e Esporte