Prefeitura retira 952 alunos da lista de espera na Educação Infantil durante a pandemia
A ampliação do quantitativo de vagas através de salas modulares reduz a lista de espera em várias regiões, incluindo na faixa etária de seis meses
A Prefeitura de Goiânia segue firme no propósito de acabar com o déficit na Educação Infantil da capital! A implantação de 50 salas modulares em nove instituições trouxeram, nada menos, que 952 vagas na modalidade somente neste semestre. No Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) Vale do Araguaia, por exemplo, são dez turmas abertas o que, na prática, permite chegar perto de zerar a lista de espera na faixa etária de seis meses da região, idade considerada crítica pela alta demanda na modalidade.
Os Cmei Bem me Quer, Vale do Araguaia e Brisas do Cerrado são três das quatro instituições modulares cujas obras tiveram início no mês passado. No primeiro, situado no setor Crimeia Oeste, são 190 vagas destinadas a crianças de seis meses a quatro anos e 11 meses. Já no Cmei Brisas do Cerrado, próximo ao Parque Atheneu, são 188 vagas na Educação Infantil. Vale lembrar que, no ano passado, a Educação zerou a lista de espera na faixa etária de três anos da região.
O Cmei Vale do Araguaia, por sua vez, recebe dez módulos, possibilitando a matrícula de 192 educandos de seis meses a 3 anos. O projeto das unidades modulares prevê dez salas de aula, banheiros, pátio central, sala multiuso, dispensa, refeitório, cozinha e salas administrativas. Mais seis instituições receberam os ambientes de rápida instalação, sendo elas os Cmei Alto da Glória, Jardim América, Vale dos Sonhos, João Navega, Demis Júnior e Criança Cidadã, totalizando mais 382 vagas.
Neusa Bispo, mãe do João Lucas, de 4 anos, tem o filho matriculado no Cmei Criança Cidadã, uma das unidades contempladas pelas salas modulares, desde os dois anos de idade. Segundo ela, “antes de conseguir a vaga, às vezes, precisava levá-lo comigo para o trabalho, o que era muito difícil”. Quando questionada sobre o que o filho mais gosta no Cmei, Neusa não titubeia. “Nossa, ele adora tudo! Gosta muito da professora, do carinho com que é tratado”, elogia.
“Eu, como mãe, só tenho a agradecer o atendimento aos nossos filhos, o cuidado que o Cmei tem com as crianças”, destaca Neusa. Graças à ampliação de 38 vagas com as salas modulares recém-implantadas, o agrupamento do João Lucas passa a ser atendido nos novos módulos. As crianças mais novas, por sua vez, serão alocadas nas outras estruturas do Cmei. O arranjo permite chamar candidatos que aguardam na lista de espera em uma das regiões com maior demanda na capital.
Dheferson Garcia, pai do Bernardo e do Yatan, de 5 e 2 anos, respectivamente, é um dos contemplados pelas vagas abertas no mesmo Cmei. Bernardo é aluno da unidade desde bebê e, agora, tem a companhia do irmão caçula. Assim como Neusa, a família também aponta que o atendimento na instituição vai facilitar a rotina. “Era difícil porque precisávamos trabalhar e não tínhamos com quem deixar meu filho”, lembra Dheferson.
Porém, mais que um lugar para deixar as crianças enquanto trabalha, o pai reconhece a qualidade no atendimento pedagógico do Cmei. “A metodologia é ótima! Desde que o Bernardo entrou no Cmei, percebo diferenças no seu desenvolvimento. Conversa melhor, tem boa postura e a cada dia, noto o quanto fica mais esperto”, comenta. Por isso, a família tem boas expectativas quanto aos estudos Yatan pela instituição.
8 mil vagas até o final do ano
Cem salas modulares e conclusão de 11 Cmei. Esses são os elementos fundamentais de uma conta que deve totalizar, até o final do ano, mais 8 mil vagas na Educação Pública do município. Movimento iniciado já no início de uma gestão preocupada em resolver os problemas no déficit de atendimento, especialmente na Educação Infantil. Apenas com as salas modulares, já foram entregues 3.220 vagas.
E por que apostar em salas modulares? Qualidade, segurança e agilidade na oferta de vagas na Educação! Os ambientes de rápida instalação (ARI) são especificamente pensados para fins educacionais, desde o projeto até a finalização da fabricação. Os módulos são feitos em aço de alta resistência e paredes de painel isotérmico que portam sistemas elétricos, lógicos, hidráulicos e de refrigeração.
Erroneamente chamadas de “contêineres”, os ARI têm, como principais diferenças, os materiais de fechamento, estrutura e cobertura. Os equipamentos possuem faces de fechamento em material termo acústico e resistente, onde o mesmo é o próprio acabamento. O tempo de vida estimado é de 20 anos e os procedimentos de manutenção são realizados temporariamente, respeitando o uso e local de implantação do equipamento.
Sem dúvida, outra de suas grandes vantagens é a possibilidade de transferi-las entre unidades, conforme a demanda apresentada em cada região. Ademais, as salas configuram dinamismo na oferta de vagas. Segundo o secretário de Educação e Esporte, Marcelo Costa, “enquanto se leva de dois a três anos na construção de um Cmei de alvenaria, uma unidade inteiramente modular fica pronta em até três meses”.
A inovação das salas modulares acompanha o movimento da capital goiana, o que demanda planejamento constante na oferta de vagas. “Não podemos pensar em uma cidade congelada, mas uma demanda flutuante e crescente”, explica Marcelo. Por isso, o dirigente destaca que “a gestão preza pela dinâmica imediata em vagas disponibilizadas, o que é mais correto do que deixar uma comunidade inteira esperando”.
Texto: Luciana Gomides, editoria de Educação e Esporte