Educação destaca atendimentos de inclusão a alunos durante pandemia
A inclusão é um direito inalienável e a SME assume tal entendimento, principalmente no contexto de distanciamento social devido ao Covid-19
No último dia 30, o governo federal assinou o decreto que institui a nova Política Nacional de Educação Especial (PNEE), que visa dar mais flexibilidade aos sistemas de ensino e ampliar o atendimento educacional especializado a mais estudantes com deficiências, transtorno do espectro autista e aqueles com altas habilidades ou superdotação. A Secretaria Municipal de Educação e Esporte (SME), contudo, já executa ações que visam incluir os educandos com deficiências, propiciando-lhes interação comunicativa, aprendizagem e desenvolvimento. Pautada por uma política de inclusão social e ciente de sua responsabilidade social em promover uma educação de qualidade para todos, a Pasta reconhece os direitos de todos a uma educação de qualidade e executa com dedicação atividades voltadas para a inclusão dos 71 alunos atendidos pela Rede Municipal de Ensino.
A SME tem, como uma de suas prioridades, promover a inclusão de educandos com necessidades especiais específicas. Por isso, dois de seus pilares são os Centros Municipais de Apoio à Inclusão, Cmai Brasil Di Ramos Caiado e Cmai Maria Thomé Neto. Ademais, a Pasta conta com departamento específico para atendimento aos alunos com necessidades especiais. A Gerência de Inclusão, Diversidade e Cidadania (GERINC) da SME busca, em seu planejamento, proporcionar acessibilidade pedagógica aos educandos da rede. Durante o período de suspensão das aulas presenciais devido à pandemia, uma das ações desenvolvidas pela gerência tem sido a interpretação em Libras dos textos introdutórios das atividades complementares da Educação Infantil, Ensino Fundamental e EAJA.
O Ambiente Virtual de Aprendizagem Híbrido (AVAH) tem atividades linguisticamente acessíveis, ou seja, bilíngues, considerando a Libras e a Língua Portuguesa em suas modalidades oral e escrita. Os Intérpretes de Libras, com o acompanhamento dos apoios pedagógicos das Coordenadorias Regionais (CRE), atuam para garantir que todos os educandos surdos sejam incluídos nesse processo educacional.
A pauta da inclusão, entretanto, não se limita apenas às ações da própria Secretaria. A SME também participa de projetos de inclusão em parceria com instituições, a exemplo da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC GO). Neles, estão incluídas iniciativas como o Alfadown, que atende alunos da rede com síndrome de Down, e o PAP, que trabalha com crianças e adolescentes que apresentam dificuldades no desenvolvimento e interação social.
Atualmente, os 71 educandos com NEE vinculados à SME estão matriculados em 49 unidades da Rede Municipal de Ensino. O intuito é que seja desenvolvidauma educação de qualidade para esses alunos. Tais atividades, como já mencionado, são veiculadas na plataforma Conexão Escola, visando a acessibilidade linguística para os educandos com surdez da SME.
Inclusão
A inclusão também se dá no ambiente de trabalho da SME. O servidor Victor Murilo Machado, apoio técnico administrativo do Núcleo de Tecnologia Educacional (NTE) é deficiente auditivo e trabalha no suporte de sistemas da plataforma AVAH e do SISGE, onde trabalha ativamente para a continuidade das aulas virtuais. Assim, contribui bastante com pesquisas e estudos sobre ferramentas e recursos para inclusão.
Victor Murilo, relata gostar muito da equipe que, por sua vez, “sempre transcrevem quando há áudios, em caso de reuniões virtuais, sempre com alguém para me ajudar a entender o que está sendo discutido”, conclui.
Em tempo, o Dia Nacional dos surdos, foi comemorado dia 26 de setembro e tem como objetivo promover a reflexão sobre os direitos e a inclusão das pessoas surdas e com deficiência auditiva em nossa sociedade, além de relembrar a história e luta dessa comunidade. Atualmente é garantido ao surdo um tradutor intérprete de Libras nas escolas, sejam públicas ou privadas. A necessidade da comunicação em língua de sinais é muito importante para a comunidade surda, que chega a ser 7% da população, segundo o último Censo do IBGE 2010.
Adriene Bastos, da Editoria de Educação e Esporte