Educação cria mais 1,5 mil vagas com implantação de salas modulares
Ambientes foram instalados em 20 instituições da Rede Municipal de Ensino no primeiro semestre, contemplando turmas de Educação Infantil e Ensino Fundamental
As aulas presenciais na Rede Municipal de Ensino (RME) estão suspensas desde 17 de março, mas nem por isso, a Educação parou. Além das ações pedagógicas e formativas voltadas para alunos e educadores durante a pandemia, a Secretaria Municipal de Educação e Esporte (SME) também vem cuidando da infraestrutura das instituições e expansão no atendimento. Somente no primeiro semestre de 2020, a Pasta entregou 1.510 vagas através da implantação das salas modulares.
Ao todo, 20 instituições, entre escolas e Centros Municipais de Educação Infantil (Cmei) receberam 40 ambientes de rápida instalação (ARI), contemplando alunos da Educação Infantil e Ensino Fundamental. Em números, as salas complementaram 300 vagas em Cmeis e 1.210 em escolas. A implantação dos módulos compreende tanto a estrutura modular quando adequações de segurança, como rampas de acesso e cobertura.
Porém, mais que a oferta de vagas, é necessário atendimento de qualidade na Educação. Por isso, Goiânia inova ao adotar as salas modulares como método rápido e seguro que possibilitou, de forma rápida e segura, ampliar o atendimento em escolas e Cmei da capital. Os módulos possuem o que há de mais moderno em tecnologia de construção, além de uma opção confortável e de baixo custo, alternativa mais que viável para redução das listas de espera.
A primeira instituição a receber as salas modulares foi a Escola Municipal Antônia Maranhão do Amaral, em 2018. A implantação veio como solução imediata para o atendimento urgente à demanda apresentada pela comunidade. Desde então, 52 salas já foram instaladas em instituições de Educação Infantil e Ensino Fundamental. A adoção do método possibilitou que, em 2019, fosse zerada a fila de espera na faixa etária de três anos de idade em duas regiões de Goiânia.
O Cmei Jardim Guanabara III, na Região Norte, está entre as instituições onde também foram implantadas salas modulares. Na unidade, foram implantados dois módulos, abrindo 40 novas vagas em período integral. A diretora da instituição, Júlia Grazielli Silva, afirma que, com a chegada dos módulos, “pudemos garantir, às nossas crianças, o direito de conviver, brincar e ser inseridas nas práticas pedagógicas desenvolvidas por profissionais qualificados”.
Segurança
Os ambientes de rápida instalação (ARI) são formados por equipamentos desenvolvidos especificamente para habitação. No caso daqueles instalados em escolas e Cmei, são especificamente pensados para fins educacionais, desde o projeto até a finalização da fabricação. feitos de aço de alta resistência, com paredes de painel isotérmico, que portam sistemas elétricos, lógicos, hidráulicos e de refrigeração.
O módulo é desenvolvido para diferentes usos, respeitando as normas que regem cada uso. Entre elas, a NBR–5410, que dispõe das Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Erroneamente chamadas de “contêineres”, os ARI têm, como principais diferenças, os materiais de fechamento, estrutura e cobertura. Os equipamentos modulares possuem faces de fechamento em material termoacústico e resistente, onde o mesmo é o próprio acabamento.
O contêiner marítimo, por sua vez, recebe faces metálicas que demandam revestimento térmico. Ainda, a parte estrutural dos módulos está em suas colunas, teto e chassi, bem como teto com telhas e calhas para captação de água pluvial, dispensando cobertura externa. O tempo de vida estimado para as salas modulares é de 20 anos e outra de suas grandes vantagens é a possibilidade de transferi-las entre unidades, conforme a demanda apresentada em cada região.
Quanto à manutenção, nesse tipo de construção, é tão necessária quanto em qualquer outra tipologia. Assim, os procedimentos são realizados temporariamente, respeitando o uso e local de implantação do equipamento.
Luciana Gomides, da editoria de Educação e Esporte